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Brasil segue em segundo lugar no ranking mundial de juros reais

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23/01/2015 - 09:38

Somente a Rússia, que subiu juro em dezembro, está na frente do Brasil.
Juro alto e aumento de estímulo pelo BCE pode impactar dólar no país.

Após a nova alta de juros promovida na quarta-feira (21) pelo Banco Central, para 12,25% ao ano, o Brasil continua em segundo lugar no ranking mundial de juros reais, perdendo apenas para a Rússia - que deu uma "puxada" (forte elevação) de 6,5 pontos percentuais em seu juro básico em dezembro do ano passado, de 10,5% para 17% ao ano. As informações são do site MoneYou.

Com o novo aumento de juros promovido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e com a alta na expectativa de inflação da Rússia, porém, a diferença entre os juros reais (calculados após o abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses) russos e do Brasil diminuiu.

Em dezembro do ano passado, logo após a Rússia elevar sua taxa, seu juro real estava em 9,55% ao ano, enquanto que a taxa brasileira somava 4,93% ao ano, uma diferença de 4,6 pontos percentuais. Em janeiro deste ano, após o BC elevar nesta semana a taxa Selic de 11,75% para 12,25% ao ano, o juro real brasileiro avançou para 5,41% ao ano. A taxa russa, por sua vez, somou 6,36% ao ano. A diferença, portanto, caiu para 0,95 ponto percentual.

De acordo com o economista Jason Vieira, da consultoria X-Infinity, que compilou os dados do ranking mundial de juros reais, a diferença entre a taxa brasileira e a russa diminuiu, também, porque a expectativa de inflação na Rússia para os próximos 12 meses avançou nas últimas semanas. A taxa média de juros das 40 economias pesquisadas na confecção do ranking, em janeiro deste ano, estava negativa em 0,9% ao ano.

Injeção de recursos pelo Banco Central europeu
Para Jason Vieira, a decisão do Banco Central europeu de comprar, a cada mês, € 60 bilhões em títulos públicos e privados, totalizando um valor superior a € 1 trilhão até setembro de 2016 - segundo cálculos da Reuters - não muda muito o cenário para o comportamento do dólar no Brasil, mesmo com a economia brasileira oferecendo uma das taxas de juros reais mais elevadas do planeta.

"Eu ainda acho que não [dá uma atenuada no dólar]. Para o investimento no Brasil, o risco acaba ficando muito elevado. Existem perspectivas negativas para a atividade econômica. Sabe-se que essa taxa de juros [alta fixada pelo BC para controlar a inflação] pode ser revertida muito rapidamente [porque o nível de atividade está fraco no Brasil]", avaliou Jason Vieira.

Para o economista do banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, porém, a decisão do BCE amplia a chamada "liquidez global" (disponibilidade de recursos), "o que deve tirar alguma pressão sobre outras moedas, como o Real". "Como, porém, o Euro também caiu frente ao Real, fortalecimento adicional do Dólar continua sendo risco para a inflação brasileira", acrescentou ele, em relatório.

"É algo positivo (estímulo do BCE) para os mercados da América Latina, mas já estava precificado. Não foi muito diferente do que era esperado", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta. Investidores já vinham se antecipando a essa decisão e reduzido as cotações do dólar nos últimos dias, uma vez que parte desses recursos tenderia a migrar para mercados emergentes, como o brasileiro, em busca de maiores ganhos financeiros.

Fonte: G1

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