Ibovespa, principal indicador da bolsa, caiu 0,17%, a 53.772 pontos.
O tom positivo prevaleceu na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) até o final da tarde nesta terça-feira (23), em meio ao cenário global positivo por expectativas de um acordo sobre a dívida da Grécia e números melhores de atividade na China e Europa. No final do pregão, porém, a tendência se inverteu e a bolsa fechou no vermelho, em meio à piora das ações da Petrobras e contaminado pela desaceleração dos ganhos em Wall Street, onde pesou comentário de diretor do Federal Reserve sobre a chance de duas altas de juros nos Estados Unidos este ano.
O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo, caiu 0,17%, a 53.772 pontos.
A Petrobras subiu durante boa parte do pregão, com agentes financeiros repercutindo decisão da estatal de não manter sua participação em sete usinas de açúcar e etanol da Guarani, conforme disseram duas fontes próximas ao assunto à Reuters. A empresa porém reverteu o viés positivo do dia e fechou em queda, com as preferenciais em baixa de 1,74%.
No final da sessão, porém, as ações ordinárias da empresa (com direito a voto) trabalhavam em queda e as preferenciais (com preferência na distribuição de divivendos), perto da estabilidade.
A Braskem teve o segundo dia de recuperação, fechando em alta de 3,21%, após desabar mais de 10% na sexta-feira afetada pelos desdobramentos da nova fase da operação Lava Jato. A reação encontrava suporte na prorrogação de contratos de fornecimento de energia com a Chesf.
A Vale subiu quase 1%, beneficiada pela MP sobre renovação de contratos da Chesf, apesar de novo declínio nos preços do minério de ferro à vista nos portos chineses.
Itaú Unibanco e Bradesco subiram 0,99% e 1,17%, respectivamente, também atuando na ponta positiva, após dados mostrarem que o estoque total de crédito em maio subiu 0,7% sobre abril, segundo divulgado pelo Banco Central, com a alta nos spreads prevalecendo sobre o aumento da inadimplência. Já o papel do Santander Brasil ganhou 1,27%.
As ações da JBS lideraram as quedas, com baixa de 3,66%, depois que a empresa afirmou que a aquisição da unidade europeia Moy Park, por um valor total de US$ 1,5 bilhão "não terá impacto relevante" nos indicadores de alavancagem (endividamento) da companhia, disse o diretor-presidente Wesley Batista, segundo a Reuters.
Mercado externo
Bolsas na Europa avançaram nesta sessão, assim como os futuros acionários nos Estados Unidos, com esperanças de um acordo entre Atenas e seus credores, após a recepção positiva a propostas dos gregos na segunda-feira, embora sejam aguardados mais detalhes antes de qualquer desembolso.
Números mostrando que a atividade industrial da China apresentou sinais de estabilização em junho, enquanto o setor privado da zona do euro expandiu no ritmo mais rápido em quatro anos neste mês, endossavam os ganhos, informou a Reuters.
Nos EUA, o diretor do Federal Reserve Jerome Powell afirmou nesta terça-feira estar preparado para elevar a taxa de juros duas vezes neste ano, uma em setembro e outra em dezembro, desde que a performance da economia fique em linha com o esperado, segundo a Reuters.
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Fonte: G1