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Bovespa sofre com recuo nos preços de produtos básicos pelo mundo

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20/05/2014 - 09:03

SÃO PAULO  -  Preocupações com a desaceleração do setor imobiliário na China pressionaram os preços das commodities em todo o mundo e acabaram influenciando os principais papéis da Bovespa. A segunda-feira foi marcada ainda pelo vencimento de opções sobre ações, que movimentou mais de R$ 3 bilhões, e pelo clima de cautela nos mercados, em um dia de agenda fraca, mas em uma semana com eventos importantes, como a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Os preços médios das novas residências em 70 cidades da China avançaram apenas 6,4% em abril, na comparação anual, segundo cálculos do “Wall Street Journal” baseados nos dados divulgados no domingo pelo Escritório Nacional de Estatísticas. Em março, a alta anual foi de 7,3% e ela ficou em 8,2% em fevereiro.

“Preço dos imóveis em queda significa menos consumo de aço”, ressaltou o estrategista da SLW Corretora, Pedro Galdi. O minério de ferro negociou hoje a US$ 98 a tonelada, abaixo do custo chinês de produção de minério, de US$ 100.

“O mercado imobiliário preocupa”, disse o Banco Fator em nota. “Trata-se do pior resultado desde junho de 2013.” O banco comentou ainda que os preços das commodities caíram, o que pressionou as ações de empresas produtoras, não só no Brasil, mas também no exterior. Rio Tinto fechou em baixa de 1,87% em Londres, e BHP Billiton caiu 1,71% na bolsa australiana. Ambas são concorrentes da Vale no mercado de minério de ferro.

O Ibovespa fechou em baixa de 1,15%, para 53.353 pontos, com volume de R$ 8,709 bilhões, o que já inclui R$ 3,085 bilhões do exercício de opções sobre ações. Entre as principais ações do índice, Vale PNA (-3,30%, a R$ 26,64) puxou as perdas, acompanhada de Bradesco PN (-1,70%, a R$ 34,50); Itaú PN (-0,63%, a R$ 37,34), Petrobras PN (-0,60%, a R$ 17,94) e Ambev ON (-0,36%, a R$ 16,49).

Entre as maiores baixas ficaram as produtoras de papel e celulose Fibria ON (-4,68%) e Suzano PNA (-4,12%), além da elétrica CPFL ON (-3,79%). A Utipulp, entidade que reúne os consumidores europeus de celulose de mercado, divulgou hoje que a demanda de celulose na Europa em abril teve um recuo de 3,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado, ficando em 936,8 mil toneladas. Em relação a março, a queda foi ainda mais significativa e alcançou 6,5%, ou 65 ,6 mil toneladas.

O volume dos estoques da matéria-prima nos consumidores europeus, por sua vez, aumentou 0,9% frente a março e recuou 4,4% em relação a abril de 2013, para 602,6 mil toneladas, de acordo com a associação.

O setor siderúrgico – Usiminas PNA (-1,72%), CSN ON (-2,56%) e Gerdau PN (-2,16%) – também foi destaque negativo. Além das notícias vindas da China, o Instituto Aço Brasil (IABr) informou na sexta-feira que a produção de aço do país caiu 5,2% em abril frente ao mesmo mês de 2013. As vendas de produtos siderúrgicos recuaram 6,6% no mesmo período.

Na ponta positiva do Ibovespa, MMX ON (13,58%) liderou de longe os ganhos, seguida de Estácio ON (4,68%) e Sabesp ON (2,56%). Operadores não viram razões para o forte avanço dos papéis da mineradora de Eike Batista.

Já as ações da Sabesp registram alta expressiva desde sexta-feira por conta do baixo impacto sobre a população da política de descontos para reduzir o consumo. Além disso, o Goldman Sachs elevou o preço-alvo das ações da companhia de saneamento, de R$ 28,30 para R$ 29,50, depois que o resultado do primeiro trimestre superou suas previsões. A Sabesp lucrou R$ 477,6 milhões no período, 3,8% a menos do no mesmo trimestre de 2013, mas 15% acima do esperado pelo banco.

Os papéis da Estácio, por sua vez, subiram após a empresa de educação confirmar hoje o valor de compra da Uniseb, de R$ 615,3 milhões. O negócio foi aprovado na semana passada pelo Cade, com restrições em 20 mercados. A operação inclui a aquisição do grupo COC.

 

Fonte: Valor Econômico

 

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