Apreensões com tributação e corte da nota do Brasil pesaram no índice.
Ibovespa caiu pelo segundo dia, em baixa de 1,39%, a 48.388 pontos.
O tom negativo prevaleceu na Bovespa, que fechou em baixa pelo segundo dia nesta quarta-feira (12), em meio a apreensões sobre um eventual aumento de tributação sobre empresas e bancos, apesar do relativo conforto com a decisão da Moody's de cortar o rating do Brasil para "Baa3", mas com melhora na perspectiva da nota para "estável".
O Ibovespa, principal indicador da bolsa, caiu 1,39%, a 48.388 pontos. Veja cotação. É o patamar mais baixo desde 10 de março.
Por volta do fechamento, as ações ordinárias e preferenciais da Petrobras subiam abaixo de 1%, após terem operado com instabilidade ao longo do dia. Os papéis da Vale subiam mais de 1% nas ordinárias e nas preferenciais.
De acordo com a Reuters, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) apresentou nesta quarta-feira relatório sobre medida provisória que eleva Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de instituições financeiras com proposta para que a alíquota suba até 22,5%, acima dos 20% inicialmente propostos pelo governo.
Também repercutiu na bolsa a informação de que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que se opunha à votação do projeto que reverte desonerações da folha de pagamento, já concorda com a votação.
"É aumento de tributo de todos os lados", resumiu à Reuters o chefe da mesa de renda variável da corretora de um banco em São Paulo. Nesse contexto, ficou em segundo plano a decisão da agência de classificação de risco Moody's de rebaixar o rating do Brasil, mas alterar a perspectiva da nota para "estável" ante "negativa".
O ex-diretor do Banco Central Mario Mesquita, hoje à frente da área de economia do Banco Plural, disse que a decisão foi uma surpresa positiva, sob as circustâncias, uma vez que havia rumores no mercado de um corte duplo na nota, enquanto ele esperava um corte simples, com manutenção da perspectiva negativa.
Balanços corporativos também estiveram no foco nesta sessão, entre eles os números de Gerdau e Kroton Educacional, assim como nova desvalorização da moeda chinesa e dados econômicos da China, com o dia ainda marcado por vencimento de opções sobre o Ibovespa e o índice futuro.
Na véspera, o Ibovespa caiu 0,57%, a 49.072 pontos, afetado pelo quadro externo negativo e o declínio de commodities, após a China desvalorizar sua moeda em resposta à debilidade econômica.
Fonte: G1