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Bancos investem para suprir demanda digital

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05/06/2014 - 09:01

Neste ano, as transações bancárias feitas por internet ou por meio de dispositivos móveis vai superar o volume de transações em canais convencionais, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). E, para se adaptar aos novos hábitos dos consumidores, os bancos reforçam os investimentos em tecnologias que incluem aplicações para dispositivos móveis e softwares capazes de processar e armazenar o grande volume de dados gerado por operações digitais.

Gustavo Fosse, diretor de tecnologia da informação e automação bancária da Febraban, disse que os bancos têm ampliado os investimentos em software, tendo como foco esses dois aspectos. No ano passado, os gastos dos bancos com software cresceram 20% e representaram 40% do orçamento total de tecnologia dos bancos, que somou R$ 20,6 bilhões.

Ricardo Guerra, diretor de canais de atendimento do Itaú Unibanco, disse que o uso dos canais digitais respondeu por 53% do total de transações na instituição no ano passado e, neste ano, chegou a 58%. O número de clientes em dispositivos móveis quase dobrou desde 2013, para 3,45 milhões de operações neste ano. O volume de atendimento em mídias sociais cresceu 120%. "O cliente demanda os serviços digitais, cabe aos bancos acelerar o investimento em tecnologias para atendê-los", afirmou Guerra. O Itaú Unibanco lançou esta semana um serviço de atendimento 100% on-line, com investimento de R$ 100 milhões. A lista de tecnologias adotadas inclui transferência de valores pelo celular, pagamento de contas a partir de fotos dos códigos de barras tiradas com o celular, entre outras.

O HSBC Brasil desenvolveu um modelo de conta corrente com uma senha única para operações na agência bancária, na web ou por celular. A tecnologia permite ao usuário fazer transações só com o número do CPF e uma senha enviada para um dispositivo (token) que fica com o correntista. A senha tem duração de 30 segundos. "Os bancos inventam tantas senhas e códigos... Não é o que o consumidor quer. O mundo digital exige simplicidade", disse Marcello Veronese, diretor de digital do HSBC Brasil. Ele observa, no entanto, que tornar o acesso ao banco fácil para o correntista exige, por outro lado, fortes investimentos em segurança para evitar fraudes e roubos.

Fosse, da Febraban, também disse que parte dos investimentos dos bancos em software tem como objetivo dar mais segurança para as transações. As instituições também ampliaram gastos com terminais de autoatendimento com biometria, que reconhecem pessoas por características físicas, como veias da mão. O número de ATMs com sistema cresceu 65% em 2013.

Ainda na área de segurança, os bancos ampliaram em 28% os investimentos na capacidade de armazenagem de dados, que passou de passou de 151 mil terabytes (ou 151 milhões de gigabytes) para 194 mil terabytes. "O volume de dados apresenta um crescimento forte nos últimos anos e a tendência ainda é de expansão exponencial", disse Fosse. No ano passado, o Banco do Brasil e a Caixa inauguraram um centro de dados em Brasília, que consumiu R$ 322 milhões e vai demandar outros R$ 900 milhões em 15 anos. "O investimento feito vai nos permitir atender à demanda digital crescente pelos próximos 15 anos", disse Geraldo Afonso Dezena da Silva, vice-presidente de TI do Banco do Brasil.

Os executivos participaram da 24ª edição do Congresso e Exposição de Tecnologia da Informação das Instituições Financeiras (Ciab Febraban 2014), que teve início ontem em São Paulo.

Fonte: Valor Econômico

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