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Banco Central vê desaceleração maior do crédito bancário em 2014

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26/06/2014 - 09:35

Estimativa da instituição passou de alta de 13% para 12% neste ano. Crédito dos bancos privados nacionais deve avançar somente 6% em 2014.

No caso dos bancos privados, o BC prevê forte desaceleração do crédito neste ano, com expectativa de uma expansão de 6% - a menor taxa em 7 anos

Em um ambiente de aumento das taxas de juros bancárias e também da inadimplência, o Banco Central reduziu de 13% para 12% sua previsão de aumento do crédito ofertado pelos bancos em 2014, informou nesta quarta-feira (25) o chefe do Departamento Econômico da autoridade monetária, Tulio Maciel.

A desaceleração do crédito tem sido criticada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, nos últimos meses. Recentemente, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o ministro voltou a declarar que há escassez de crédito para o consumo no Brasil.

"Tem gente que acha que faz o país crescer só com investimento. Não. Tem que estimular o consumo, em menor medida. Hoje vivemos essa situação [de escassez do crédito para consumo]. Acredito que é passageira. Quando houver recuperação do crédito livre [destinado às famílias], teremos aumento do crescimento do comércio e isso vai estimular o investimento", disse o ministro da Fazenda no início deste mês.

Para Maciel, do BC, porém, o aumento do crédito bancário ainda segue sendo um "fator relevante" para o crescimento da economia brasileira, pois avança em um ritmo superior à alta do Produto Interno Bruto (PIB).

"A desaceleração do crédito é uma tendência de longo prazo. A gente bem observando ano a ano de 2010 para cá. O que se espera quando há uma elevação da alta dos juros [por parte do BC] é uma moderação do crédito", declarou o chefe do Departamento Econômico do BC. A autoridade monetária subiu os juros básicos da economia em 3,75 pontos percentuais, entre abril do ano passado e maio de 2014, de 7,25% para 11% ao ano.

Crédito livre e direcionado
De acordo com a autoridade monetária, a previsão de aumento do crédito livre neste ano, ou seja, excluindo as concessões do BNDES, do crédito rural e imobiliário, passou de 10% para 7%. Se confirmado, será o menor aumento dos últimos sete anos. Em 2008, avançou 32,7%, passando para uma alta de 8,4% no ano seguinte (marcado pela crise financeira internacional). Em 2010, 2011, 2012, cresceu 16,9%, 16,5%, 13,6%. No ano passado, cresceu somente 7,8%.

Para o chamado crédito direcionado (BNDES, rural e habitacional), porém, a estimativa do BC subiu. Até o momento, a instituição previa um crescimento de 17% para 2014 e elevou essa previsão para uma alta de 19%. "O BNDES mostra até o momento uma arrefecimento mais nítido, mas o crédito imobiliário, com 30% de alta em doze meses, ainda continua expressivo", declarou ele. O crédito direcionado cresceu 24,5% em 2013.

Públicos e privados
No caso dos bancos privados nacionais, o BC prevê forte desaceleração neste ano. A expectativa da autoridade monetária é de uma expansão de apenas 6% neste ano - a menor taxa em sete anos. Antes, o BC vinha estimando uma alta de 10% para este ano. Em 2008, o aumento foi de 27,1%, passando para 7,8% em 2009, para 22,6% em 2010, para 12,9% em 2011 e para 6,8% em 2012. No ano passado, avançou 6,6%.

Para os bancos públicos, a previsão da autoridade monetária se manteve em uma alta de 17% para 2014. Isso também representa desaceleração e o menor patamar em sete anos. Em 2008, o crédito dos bancos públicos subiu 39,5%, passando para uma expansão de 32,1% em 2009, de 21,5% em 2010, de 24,3% em 2011 e de 27,9% em 2012. No último ano, a alta de crédito dos bancos públicos foi de 22,6%.

Fonte: G1

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