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Banco Central diz que expectativa de inflação para este ano recuou

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06/06/2014 - 08:53

Informação consta na ata da última reunião do Copom.
Entretanto, ainda estão acima da meta central de 4,5% de 2014.

A estimativa do Banco Central para a inflação deste ano teve queda nos últimos 45 dias, mas permanece acima do centro da meta de 4,5%. A perspectiva está na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, feita na semana passada e que interrompeu o processo de alta dos juros básicos da economia brasileira após 13 meses.

Segundo o BC, no chamado "cenário de referência", que pressupõe câmbio estável em R$ 2,20 e juros inalterados em 11% ao ano, a projeção para a inflação de 2014 "diminuiu em relação ao valor considerado na última reunião [realizada no início do mês de abril], mas permanece acima da meta de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN)".

A estimativa é semelhante no cenário de mercado, que leva em conta as trajetórias de câmbio e de juros coletadas com analistas de mercado para câmbio e juros: a projeção de inflação do Banco Central para 2014 também diminuiu em relação ao valor considerado na reunião de abril, mas permanece acima da meta para a inflação.

Impacto da alta dos juros
Na ata do Copom, o BC avaliou que os efeitos do processo de elevação da taxa Selic sobre a inflação, em parte, ainda estão por se materializar. "Além disso, é plausível afirmar que, na presença de níveis de confiança relativamente modestos, os efeitos das ações de política monetária [definição dos juros] sobre a inflação tendem a ser potencializados", disse.

Com taxas de juros maiores, o Banco Central consegue reduzir o crédito disponível e, assim, o dinheiro em circulação. Dessa forma, tenta diminuir a quantidade de pessoas e empresas dispostas a consumir bens e serviços, para que os preços caiam ou fiquem estáveis. No cenário atual, já com menos investimentos e menor disposição para o consumo, o banco entende que os juros vão ter efeito "potencializado" sobre o controle dos preços.

Metas de inflação e perspectiva do mercado
Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país.

Para 2014 e 2015, a meta central para o aumento dos preços é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente.

A estimativa dos analistas do mercado financeiro é de que o IPCA some 6,47% neste ano, ou seja, muito próximo do teto de 6,5% do sistema de metas de inflação.

Inflação resistente
O Copom manteve a avaliação de que a elevada variação dos índices de preços ao consumidor nos últimos 12 meses "contribui para que a inflação ainda mostre resistência".

"Concorrem para isso dois importantes processos de ajustes de preços relativos ora em curso na economia – realinhamento dos preços domésticos em relação aos internacionais e realinhamento dos preços administrados [como contas de luz e gasolina] em relação aos livres [comércio em geral]. O Comitê reconhece que esses ajustes de preços relativos têm impactos diretos sobre a inflação e reafirma sua visão de que a política monetária pode e deve conter os efeitos de segunda ordem deles decorrentes", acrescentou.

Cenário para 2015
"Para 2015, no cenário de referência, a projeção de inflação recuou em relação ao valor considerado na reunião do Copom de abril, mas se encontra acima da meta. Já no cenário de mercado, a projeção de inflação para 2015 se manteve relativamente estável, acima da meta", disse o Banco Central na ata do Copom.

Fonte: G1

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