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Banco Central: Brasileiro poupa menos no primeiro semestre

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08/07/2014 - 10:17

Captação da poupança cai 66% no período. É a menor entrada de recursos em 3 anos. Inflação e endividamento influenciaram

Falta de dinheiro, pagamento de dívidas e turbulências no mercado estão entre os principais fatores que levaram os brasileiros a abandonarem ou reduzirem suas aplicações financeiras no primeiro semestre de 2014.

Na caderneta de poupança, por exemplo, os depósitos superaram os saques em R$ 9,6 bilhões, segundo o Banco Central (BC). O valor, apesar de positivo, é o menor em três anos e representa queda de 66% ante o mesmo período de 2013.

A perda de interesse pela poupança não é um fato isolado. Fundos de investimento captaram apenas R$ 2 bilhões no semestre, pior resultado desde 2002, quando a Anbima (associação do mercado de capitais) passou a coletar esses dados. O estoque de CDBs, que superava a caderneta de poupança um ano atrás, encolheu 9% nos últimos 12 meses, segundo a Cetip, empresa que centraliza esses dados.

Dois investimentos que cresceram foram a Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), que são isentos de Imposto de Renda. Mas o aumento desses estoques não compensou, por exemplo, a queda no saldo de CDBs.

A primeira explicação para esse comportamento, segundo especialistas em finanças pessoais, é que entrou menos dinheiro no bolso dos trabalhadores. Principalmente pela desaceleração na renda, provocada pela alta da inflação e pelo esfriamento do mercado de trabalho.

A alta dos preços também reduziu o ganho real da maioria das aplicações. Diante disso, muitas pessoas aproveitaram para quitar dívidas, o que explica também a desaceleração no crédito ao consumo verificada no período. “O cenário não é muito favorável para as aplicações. Como praticamente não há ganho real (descontada a inflação), é melhor tirar o dinheiro”, diz Marcos Antônio de Camargos, do Ibmec-MG.

“Está todo mundo preocupado com o que vai acontecer com a economia, principalmente por causa das eleições”, afirma Aguinaldo Pereira, da Fundação Getulio Vargas (FGV). “Por isso, há um processo de redução do endividamento.”

Na Caixa Econômica Federal, que detém 35% dos recursos da poupança, as aplicações se concentraram no público de menor renda. O diretor executivo de Varejo, Edlo Ricardo Valadares, afirma que as captações recordes dos últimos dois anos foram muito acima da média histórica e que, com a alta de juros, é normal que haja uma queda. A expectativa é que o segundo semestre continue favorável para as LCI.

Fonte: Jornal O Popular

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