De janeiro a novembro deste ano, a diferença entre exportações e importações rendeu um superávit de US$ 2,42 bilhões ao Estado
O saldo da balança comercial do Estado atingiu US$ 2,42 bilhões de janeiro a novembro deste ano, o maior valor da história. Este indicador já é 9% maior do que todo o saldo registrado no ano de 2013.
No comparativo com o mesmo período do ano passado houve queda nas exportações (- 18,19%) e nas importações (-11,80%). Entretanto, a balança comercial goiana registrou um superávit de US$ 111,4 milhões no mês de novembro.
De acordo com os dados divulgados ontem pela Secretaria de Indústria e Comércio (SIC), no mês passado, as exportações somaram US$ 435,2 milhões, enquanto as importações atingiram U$ 323,8 milhões.
Na prática, esse crescimento do saldo comercial significa uma maior injeção de dinheiro de outros países na economia goiana, o que puxa o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado.
O economista José Luiz Miranda explica que o superávit se dá porque Goiás é exportador de produtos primários. “São produtos alimentícios e o mundo é comprador de comida. As pessoas precisam comer. Então, o Estado se beneficia por produzir esses produtos que favorecem as exportações”, declara.
O secretário de Indústria e Comércio, William O’Dwyer, diz que o saldo comercial do Estado deve fechar o ano com um crescimento de pelo menos 10% nas transações internacionais.
“O resultado de novembro nos dá condições de estimar um fechamento de ano melhor ainda”, afirma William O’Dwyer.
Carnes e grãos
A balança comercial do mês de novembro foi impulsionada pelas vendas de carnes para os russos e de milho para os novos mercados do Sudoeste Asiático. As carnes representaram US$ 136,5 milhões das exportações. Já o milho, foi o segundo mais vendido pelo Estado e somou US$ 76,6 milhões. Atualmente, são exportados 791 produtos para 145 países. “Queremos expandir estes números ainda mais”, frisa William O’Dwyer.
A China reassumiu o pódio de maior país comprador. Na sequência aparecem Rússia e Países Baixos (Holanda). No que diz respeito às importações, pela primeira vez neste ano, a Alemanha foi o principal país a vender para Goiás. Em seguida, ficou Japão e Estados Unidos.
Nacional
O resultado positivo do Estado se dá num momento em que o País caminha para fechar o ano com queda em todas as bases de comparação de seu comércio exterior.
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) revelam que em novembro a balança comercial brasileira teve o pior resultado dos últimos 20 anos, depois de registrar uma redução de 25% nas exportações. O déficit da balança do País já está em US$ 4,2 bilhões.
Neste cenário, Goiás contribui para que o resultado do Brasil não seja pior. “Sem o superávit de US$ 2,4 bilhões de Goiás no acumulado deste ano, o déficit da balança brasileira poderia ser 57% maior do que está hoje. O Estado tem uma economia em expansão e um comércio exterior cada dia mais competitivo”, declara William O’Dwyer.
Fonte: Jornal O Popular