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Ata do Copom: Mercado se divide sobre quando BC subirá juros

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15/03/2013 - 10:08

Apesar de não revelar índices, instituição eleva suas projeções para a inflação de 2013 e 2014

Brasília - O Banco Central (BC) afirmou que houve nova piora na inflação e que a alta recente dos preços pode não ser um movimento temporário. Apesar de reconhecer a situação “desfavorável”, o BC disse que vai aguardar a divulgação de novos dados para decidir, “com cautela”, quando irá aumentar a taxa básica de juros (Selic). As informações fazem parte da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada ontem, na qual a instituição explica porque decidiu, na semana passada, manter os juros em 7,25% ao ano.

O BC elevou suas previsões para a inflação de 2013 e 2014. Embora não divulgue os números, disse que estão acima de 4,5%, centro da meta fixada pelo governo. No trecho da ata mais comentado pelo mercado financeiro, o Copom disse que a resistência dos preços em cair pode indicar que a inflação está se acomodando em um patamar mais elevado. A avaliação reforça o sinal dado pelo presidente do BC, Alexandre Tombini, que retirou de seu discurso nesta semana a afirmação de que o índice de preços cairia no segundo semestre.

Apesar da piora, a instituição afirma que incertezas em relação à economia interna e externa recomendam que a política monetária seja administrada “com cautela”. Essa última palavra foi interpretada como sinal de que o BC pode adiar o aumento dos juros ou promover um aperto menor do que o estimado no mercado.

Divisão

O diretor de Pesquisas Macroeconômicas do Bradesco, Octávio de Barros, avaliou a ata como “ponderada e serena”. “O BC se mostra sem pressa”, afirmou. Para ele, “cautela” pode significar que, caso seja necessário aumentar a Selic, as altas seriam de 0,25 ponto porcentual a cada reunião, o ajuste mínimo que pode ser aplicado pela instituição em seus encontros. Para o Itaú-Unibanco, a ata indica que um provável ciclo de alta começaria em maio, mas, caso haja alívio inesperado na inflação, a elevação de juros pode não ocorrer neste ano.

O economista-chefe da LCA consultores, Braulio Borges, disse que o BC deve aumentar os juros logo, provavelmente em maio. Para ele, o BC deve esperar para ver os efeitos de medidas adotadas pelo governo, como a desoneração da cesta básica, anunciada depois da última reunião do Copom.

Crescimento

Economistas também destacaram mudança na visão do BC sobre a atividade. Para a instituição, a recuperação é menos intensa que o esperado, mas dados recentes apontam retomada do investimento e crescimento mais próximo do potencial do País. O Copom também reafirmou que o fraco desempenho da economia, o chamado “pibinho”, se deve a limitações na oferta, o que não pode ser resolvido com corte de juro, instrumento de controle da demanda. Disse ainda que taxas de inflação elevadas geram distorções que deprimem o investimento e reduzem o potencial de crescimento.

Na semana passada, o Copom já havia retirado do comunicado da decisão sobre os juros a afirmação de que a taxa ficaria estável por período “suficientemente prolongado”. Declarou apenas que vai acompanhar o cenário econômico para definir seus próximos passos.

Fonte: Jornal O Popular


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