São Paulo - Ao abrir uma micro ou pequena empresa, todo empreendedor torna-se um alvo fácil dos grupos que aplicam o golpe do boleto. A cobrança chega com o nome de associações do setor, algumas vezes falsas, e taxas relacionadas à abertura da empresa ou muito similares aos impostos reais.
Os golpistas têm acesso à razão social dos empreendedores por meio do Diário Oficial, que publica obrigatoriamente os dados de novas empresas.
“As mais comuns são aquelas para você registrar sua marca, as de associações comerciais, federações sindicais e, até em casos mais raros, boletos que simulam tributos”, explica o professor de economia da escola M2BS Moises Bagagi.
Os golpes ocorrem ao menos desde 2008, mas a verossimilhança dos boletos e a lista às vezes extensa de impostos a pagar tornam difícil erradicar a prática. A principal dica para não cair nesse golpe é informar-se sobre quais taxas e tributos deve-se pagar ao abrir uma empresa.
Outra dica dos órgãos de defesa do consumidor é, na dúvida, não pagar nada.
Tributos reais
Uma das táticas dos golpistas que gera confusão entre os novos empresários é colocar taxas iguais aos tributos verdadeiros. Apesar de todos os empresários estarem sujeitos ao golpe, o Microempreendedor Individual (MEI) é o alvo mais fácil porque muitas vezes não contrata um contador.
A Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República é quem envia aos MEIs o carnê com as parcelas a serem pagas. “O MEI deve pagar apenas as pequenas parcelas relativas à sua formalização, que basicamente são previdenciais. Nada mais”, afirma o secretário do órgão José Constantino de Bastos.
Fonte: Jornal O Popular