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Após cinco altas, juros futuros têm dia de alívio

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13/11/2013 - 09:51

Os juros futuros recuaram ontem na BM&F, quebrando uma sequência de cinco pregões consecutivos de avanço das taxas. A alta moderada do dólar e a perda de força do retorno dos títulos do Tesouro americano (Treasuries), que se distanciaram das máximas, abriu espaço para uma acomodação dos prêmios de risco.

O contrato futuro de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 cedeu de 12,22% para 12,08%. Em outubro, até ontem, ainda acumulava alta de 0,59 ponto percentual. O derivativo para janeiro de 2015 fechou em 10,96% (ante 11,01% no pregão anterior).

 

Segundo especialistas, a combinação de piora dos fundamentos locais com a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) comece a reduzir estímulos no fim deste ano ou no início do próximo mantém os prêmios em níveis elevados. Mesmo que haja um alívio no curto prazo, é pouco provável que se veja um recuo das taxas aos níveis observados no fim de outubro.

O comentário do presidente do Federal Reserve de Atlanta, Dennis Lockhart, de que a possibilidade de redução dos estímulos monetários em dezembro não está descartada contribuiu para reforçar a expectativa de que o BC americano possa começar o processo de normalização da política monetária antes do esperado. De outro lado, a presidente do Fed de Mineápolis, Narayana Korchelakota, afirmou que cortar os estímulos agora seria uma má ideia.

O ambiente de incerteza justifica os prêmios de risco elevado no mercado de juros da BM&F e também tem levado a uma procura maior por dólares. Ontem, a moeda americana subiu 0,17%, fechando a R$ 2,3340.

O Banco Central rolou os 20 mil contratos de swap cambial ofertados, que tinham vencimento para 2 de dezembro. A operação movimentou US$ 988,1 milhões. Com isso, o BC concluiu a rolagem de cerca de 10% do lote de US$ 10,11 bilhões em contratos de swap com vencimento previsto para o início do mês que vem. A autoridade monetária, no entanto, ainda não informou se fará a rolagem dos US$ 9,11 bilhões restantes. "A opção pela oferta da rolagem no esquema conta-gotas cria sempre um estresse no comportamento do mercado e contribui para a ocorrência de volatilidade", diz o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Moura Nehme.

O mercado já trabalha com a possibilidade de que o BC fará a rolagem integral do lote, dado o atual patamar da moeda americana. Isso, no entanto, já está refletido na taxa de câmbio. "Se o BC não fizer a rolagem integral, o dólar pode testar novamente o patamar acima de R$ 2,40", afirma um outro operador de uma corretora nacional.

Para Nehme, a pressão de alta do dólar não tem vindo exatamente do mercado futuro, mas sim do segmento à vista, o que revela uma necessidade de moeda física no setor. "Tudo nos leva a crer que seja bastante provável que o BC tenha que aumentar a sua oferta de linhas de financiamento em moeda estrangeira aos bancos."

Fonte: Valor


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