São Paulo - Os depósitos na caderneta de poupança superaram os resgates em R$ 9,332 bilhões no mês de julho - o maior valor de captação líquida para o mês desde o início da medição pelo Banco Central (BC), em 1995. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve aumento de 13%.
Em 2013 até julho, esse volume foi de R$ 37,6 bilhões. Em todo o ano de 2012, atingiu R$ 49,7 bilhões, captação líquida anual recorde.
Os dados do Banco Central mostram que a caderneta de poupança continua atraente mesmo com a mudança na regra de remuneração, que reduziu os ganhos.
Depósitos a partir de 4 de maio de 2012 passaram a render o equivalente a 70% do juro básico do País (a Selic) - sempre que a taxa for igual ou menor a 8,5% ao ano - mais Taxa Referencial (TR).
Para aplicações anteriores a essa data, ou para novas feitas com a Selic maior que 8,5%, a remuneração equivale à da regra antiga: 0,5% ao mês mais a TR.
E esse cenário deverá se tornar realidade depois do próximo dia 28. Economistas acreditam que o Banco Central voltará a subir a Selic em 0,5 ponto porcentual na reunião deste mês do Comitê de Política Monetária (Copom), o que levaria a taxa para 9% ao ano.
Comodidade
Para Marcia Dessen, planejadora financeira e colunista da Folha de S. Paulo, o que mais pesa na hora de o investidor escolher a poupança é a comodidade.
“Ele se sente mais seguro na poupança pela simplicidade operacional”, diz. “Além disso, na caderneta, o investidor consegue resgatar o dinheiro a qualquer momento e não há cobrança de Imposto de Renda.”
Dessen destaca, porém, que, no longo prazo, a poupança, mesmo com rentabilidade pela regra antiga, perde vantagem em relação a outras aplicações, como títulos públicos e CDBs.
Fonte: Jornal O Popular