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Aceleração da carestia deve provocar nova elevação da taxa básica de juro

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14/12/2015 - 09:33

A situação agravará o peso dos débitos da União

 

A possibilidade de o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aumentar na próxima reunião, marcada para janeiro, a Selic, taxa básica de juros – hoje em 14,25% ao ano –, divide especialistas.

Uma ala vê essa opção como algo ruim para o país porque elevará ainda mais a dívida bruta e agravará a recessão. Outros economistas, entretanto, ressaltam que a autoridade monetária deve empenhar todas as forças de que dispõe no combate à inflação, que já dá sinais de descontrole, uma vez que as expectativas até 2019 estão desancoradas. Para esse segmento, a obrigação de conter a escalada da dívida é do Tesouro Nacional e do Ministério da Fazenda, não do BC.

Apesar das divergências, os economistas são unânimes ao ver como desastrosa para a trajetória da dívida a combinação de altas recentes da Selic com deficits primários. Em 2010, o país pagou R$ 195,4 bilhões com juros, o equivalente a 5,03% do Produto Interno Bruto (PIB). No ano passado, a despesa foi de R$ 311,4 bilhões, 5,64% da geração de riquezas no país. Nos últimos 12 meses encerrados em outubro, foram desembolsados R$ 506,9 bilhões, 8,79% do PIB.

Além da alta na Selic, o crescimento expressivo nas despesas com juros da dívida está ligado às perdas do BC com swaps cambiais. Desde que a autoridade monetária passou a intervir no câmbio para tentar conter a valorização da moeda norte-americana, os prejuízos com essas operações aumentaram exponencialmente.

Na opinião do economista Mansueto Almeida, especialista em finanças públicas, mesmo com um desequilíbrio fiscal sem precedentes, o BC tem que usar as armas necessárias para combater a inflação. “Se você estender a atuação da autoridade monetária para controle da dívida, o melhor é diminuir os juros. Mas isso é trabalho do Tesouro Nacional”, explica.

 

Fonte: Correio Braziliense

 

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