Na tarde de ontem, 1, assaltantes explodiram três carros fortes na BR-153, próximo ao trevo para Buriti Alegre (GO). A Polícia Militar informou que três vigilantes morreram durante a ação violenta dos marginais.De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), um grupo de aproximadamente 10 pessoas fortemente armadas utilizaram um caminhão para bloquear a rodovia e fazer com que os veículos parassem. Os assaltantes usaram explosivos para arrombar os carros-fortes. De acordo com o delegado de Morrinhos, Cláudio Andreias, a quadrilha tentou explodir um terceiro veículo, mas a detonação falhou.
Um homem, que presenciou o assalto, mas preferiu não se identificar, disse que houve forte troca de tiros no local. “Uns já chegaram atirando e os outros atravessaram [o caminhão na pista] para eles não voltarem para trás. Ficou todo mundo escondido lá atrás, porque já chegaram dando tiro”, disse. A ação da quadrilha durou menos de dez minutos, segundo a testemunha.
Ainda segundo o motorista que presenciou o crime, o grupo conseguiu levar o dinheiro dos veículos. “Pelo tanto de vezes que eles foram e voltaram [aos veículos], eles conseguiram levar bastante [dinheiro]”, completou. Entretanto, não há informações oficiais sobre a quantia que era transportada nem o valor levado.
O trecho da BR-153 ficou interditado por cerca de oito horas, até a retirada dos corpos das vítimas, das bombas e dos estilhaços que ficaram na rodovia. O congestionamento chegou a mais de 5 quilômetros.
Uma das vítimas era dirigente sindical
Adriano Ferreira Barbosa integrava o corpo diretivo do Sindicato dos Vigilantes em Transportes de Valores e Escolta Armada de Goiás no cargo de diretor de relações políticas. O seu velório acontece no velódromo em frente ao Cemitério Parque, no setor Urias Magalhães, em Goiânia(GO). As outras vítimas fatais são Argon Romeu de Lima, que será velado no Cemitério Vale do Cerrado, e Gean Santiago Queiroz Campos, no Cemitério Jardim da Paz, na Vila São Joaquim em Aparecida de Goiânia(GO).
O presidente do Sindicato dos Vigilantes em Transportes de Valores, José Maria Francisco das Dores, informa que o terror foi tanto que os bandidos jogaram bombas dentro do veículo com os vigilantes Adriano e Argon já alvejados por balas, mas ainda vivos. Ele lamenta a perda trágica dos seus colegas e clama por segurança aos trabalhadores.
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