Na última sexta-feira, 27, foi lançada pela UNI Américas Finanças, braço do sindicato global que representa três milhões de trabalhadores em bancos e seguros de todo mundo, campanha internacional contra as demissões impostas pelo Banco Santander no Brasil.
A campanha foi definida pela Rede Sindical do Santander durante a 10ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais dos Bancos Internacionais, realizada nos dia 5 e 6 de junho, em Lima, capital do Peru, evento promovido pela UNI Américas Finanças e Comitê de Finanças da Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS). Participaram dirigentes sindicais do Peru, Brasil, Argentina, Uruguai, Chile e México, além de representantes das Comisiones Obreras (CCOO) e da UGT, as duas principais centrais sindicais da Espanha.
A idéia surgiu após relatos dos dirigentes sindicais brasileiros sobre o comportamento do Santander Brasil, em que todos os participantes do evento ficaram profundamente indignados diante da gestão equivocada do banco em nosso País e decidiram promover uma campanha internacional contra as demissões, fechamento de agências e corte de postos de trabalho.
A Rede Sindical do Santander decidiu também reforçar a luta pelo emprego e pela melhoria das condições de trabalho nas Américas. O banco espanhol cortou 4.833 empregos entre março de 2013 e março de 2014, sendo 970 nos primeiros três meses do ano. A posição do banco está na contramão de seu lucro que alcançou R$ 1,428 bilhão no primeiro trimestre de 2014. Em nenhum outro país das Américas o Santander está desempregando trabalhadores como no Brasil, mesmo obtendo aqui 20% do lucro mundial.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Goiás, Sergio Luiz da Costa, alerta que a política de demissões do Santander Brasil e o funcionamento das agências com número reduzido de empregados piora as condições de trabalho e desvaloriza o atendimento aos clientes, manchando a imagem da instituição financeira nas Américas.
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