Na reunião de negociação ocorrida na tarde desta terça-feira, 20, em São Paulo (SP), entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e a Comissão Bancária Nacional de Negociações, os bancos apresentaram nova proposta econômica de 7,5% de reajuste salarial. Desta vez eles retiraram o abono de R$ 2.500,00 oferecidos anteriormente.
A oferta patronal continua rebaixada e não repõe sequer a inflação oficial medida pelo INPC de setembro do ano passado a agosto deste ano que foi de 9,88%. “Os banqueiros querem impor arrocho salarial e os bancários não aceitam essa provocação e vão buscar novas estratégias de luta para impulsionar ainda mais a greve em todo o país”, protesta Sergio Luiz da Costa, presidente do Sindicato dos Bancários de Goiás e membro da Comissão Bancária Nacional de Negociações.
Nova rodada de negociações será realizada nesta quarta-feira, 21, às 11h. Os dirigentes sindicais pressionam os bancos visando a melhoria da proposta patronal que contemple ganho real e atendimento de outras reivindicações dos bancários.
O Sindicato espera que os banqueiros apresentem uma nova proposta aos bancários e que seja respeitosa e digna de ser levada à apreciação da categoria bancária em assembléia.
Reivindicações
As principais reivindicações são: reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais ganho real); PLR equivalente a 3 salários mais R$7.246,82; Piso de R$ 3.299,66 (salário mínimo do Dieese, valor de junho); Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$788,00 ao mês; Melhores condições de trabalho; Fim das metas abusivas e do assédio moral; Isonomia entre os empregados pré e pós 1998 nos bancos públicos; Garantia do emprego; Fim das filas com mais contratações de bancários; Combate às terceirizações e luta contra a aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal; Plano de Cargos e Salários (PCS) para todos os bancários; Igualdade de oportunidades com o fim das discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Greve dos bancários segue forte
A paralisação da categoria completou quinze dias nesta terça-feira, 20, e o movimento paredista se alastra na capital goiana e em várias cidades do interior do estado. Agências das cidades de Anicuns, Ceres, Pirancanjuba, Caldas Novas, Niquelândia dentre outras não tiveram expediente, constituindo-se na novidade da greve hoje.
Em Goiânia a greve paralisou agências de vários bairros, dentre os quais citamos alguns: Vila Nova, Setor Universitário, Setor Sul, Setor Aeroporto, Parque Amazônia, Setor Central, Jardim Novo Mundo, Setor Oeste dentre outros. A cada momento novas adesões acontecem, fortalecendo o movimento grevista que não aceita a vergonhosa e rebaixada proposta dos bancos.
A greve continua nesta quarta-feira, 21
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