Um vigilante de 26 anos foi preso temporariamente pela Polícia Civil por volta das 18 horas, dessa terça-feira (14), e confessou ter matado 39 pessoas na capital. O suspeito de ser o serial killer assumiu a autoria das mortes de mulheres, travestis e de moradores de rua, além de outros crimes.
A veracidade dos fatos ainda é investigada pela força-tarefa formada para investigar o assassinato de mulheres. O mandado de prisão provisória foi expedido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara. O secretário de Segurança Pública, Joaquim Mesquita, em entrevista a uma emissora de rádio hoje cedo confirmou a prisão.
Nesta manhã, ele foi submetido a exame de identificação criminal no Instituto Médico legal (IML). Em seguida, foi encaminhado para a Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH). Acompanhado por agentes o suspeito entrou pelos fundos.
Em depoimento, o serial killer disse que matava para aliviar a angustia. Ele assumiu também o assassinato da jovem Ana Lídia Sousa ocorrido no dia 2 de agosto em um ponto de ônibus do Conjunto Morada Nova, próximo à Cidade Jardim, em Goiânia.
O jovem foi preso em sua residência no Conjunto Vera Cruz, no local os policiais encontraram uma arma. Familiares do suspeito estiveram na DIH e não quiseram se pronunciar sobre o assunto.
Conforme O POPULAR apurou, o suspeito tem 26 anos e responde um processo na Justiça por ter furtado uma placa de moto em janeiro do ano passado. Ele havia sido flagrado na época usando a placa de terceiro em sua própria moto.
A reportagem da CBN Goiânia entrou em contato com a empresa onde o suspeito trabalhava. Um responsável confirmou que o homem trabalha no local há cerca de um mês e que não levantava suspeitas.
Uma coletiva de imprensa foi agendada para o final da manhã de hoje no auditório da Secretária de Segurança Pública, no Setor Aeroviário.
Roubo de placas:
O vigilante preso suspeito de 39 crimes na capital, entre eles de mulheres e de moradores de rua, foi denunciado no início do ano pelo furto de placas de uma motocicleta Honda Biz ocorrido no dia 8 de janeiro em um supermercado no Centro de Goiânia. Uma semana depois do registro da ocorrência, ele foi abordado em Campinas em uma motocicleta com as placas adulteradas. A polícia descobriu que se tratava das placas furtadas.
Novo caso de violência de motoqueiro contra mulher em Goiânia
Mais um caso de violência contra mulheres por parte de motoqueiro voltou a ser registrado na capital. A vítima desta vez foi uma jovem de 25 anos, atacada na madrugada de domingo (12), em frente a uma lanchonete do Setor Jardim América, em Goiânia. O caso foi incluído na força-tarefa, iniciada em agosto, que investiga a série de mortes de mulheres na capital.
Segundo testemunhas, o suspeito estava de capacete e abordou um casal que lanchava no local. Ele tentou atirar na mulher, mas a arma falhou e ele chutou a boca dela. A jovem foi encaminhada a um posto de saúde e liberada em seguida.
Imagens de câmeras de segurança mostram que várias motocicletas passam no local entre 1h30 e 2h37, quando o crime ocorreu. Entre elas, três trafegam com farol alto e mais devagar. Não é possível identificar se é a mesma pessoa, nem ver a abordagem do suspeito.
De acordo com a Polícia Civil, há controvérsia nos depoimentos das testemunhas. Por isso, ainda não é possível associar o caso aos recentes assassinatos de jovens praticados por motoqueiros na capital.
Participam do grupo 16 delegados, sendo os nove da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), três que atuam em outras delegacias e mais três do interior do estado. Além deles, 30 agentes e dez escrivães integram a equipe.
Segundo as investigações, os crimes tiveram dinâmica semelhante e, em todos eles os autores foram motociclistas. Porém, aos veículos usadas são de marcas e cilindradas diferentes, além das descrições físicas dos suspeitos não serem as mesmas.
Fonte: O Popular