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Vale tem a maior queda em 7 anos e puxa baixa de 4% da Bovespa

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14/10/2015 - 09:09

Bolsa caiu após 9 altas seguidas, com pressão externa e cena política.
O Ibovespa, principal indicador da bolsa, caiu 4%%, a 47.362 pontos.

A Bovespa fechou em forte baixa nesta terça-feira (13), seguindo o enfraquecimento dos mercados externos, enquanto permanece conturbado o quadro político no Brasil em meio a expectativas relacionadas a pedidos de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados.

Ações da Petrobras e de bancos pressionaram a bolsa, mas o destaque entre as baixas ficou com a Vale, que teve sua maior desvalorização diária em 7 anos, segundo a Reuters.

A queda desta terça ocorreu após o índice fechar em alta nove vezes seguidas e, na semana passada, registrar avanço de quase 5%.

Esta foi a maior queda diária desde dezembro de 2014, quando, no dia 1º, a bolsa caiu 4,47%.

Já o dólar fechou em alta de 3,58%, cotado a R$ 3,8935, no maior avanço diário desde setembro de 2011.

O noticiário externo do dia reforçou a pressão de baixa, com a queda acima do esperado nas importações pela China acentuando as preocupações sobre a desaceleração do crescimento global.

Principais quedas
A Vale terminou com as ações ordinárias em baixa de 10,63%, no maior recuo em 7 anos, e os papéis preferenciais recuando 7,87%, conforme pesaram nas negociações os ajustes papéis da empresa na bolsa dos EUA e o noticiário desfavorável sobre o comércio exterior chinês, que impacta as perspectivas da mineradora.

A Petrobras fechou com queda de 7,61% nas preferenciais (ações que dão preferência na distribuição de dividendos) e de 8,12% nas ordinárias (que dão direito a voto), maiores declínios desde o final de janeiro deste ano, após os papéis da empresa recuarem em Wall Street na véspera, quando os preços do petróleo caíram 5%. Nesta sessão, eles chegaram a ensaiar uma recuperação, mas terminaram em baixa, após a Agência Internacional de Energia (IEA) reacender temores de que o mercado permanecerá com excesso de oferta.

No setor dos bancos, Itaú Unibanco despencou 5,35% e Bradesco, 5,46% - ambas registrando as maiores baixas desde dezembro de 2014 e respondendo pelo maior peso negativo no Ibovespa. O Credit Suisse cortou a recomendação dos bancos para "underperform", vendo 2016 como o mais desafiador em 15 anos para o setor.

Banco do Brasil e Santander Brasil, que também tiveram as recomendações reduzidas, caíram 8,32% e 8,9%, respectivamente. No caso de BB, foi a maior queda em quase um ano, enquanto os papéis do Santander tiveram o maior recuo diário em mais de três anos. O UBS também cortou os preços-alvos de vários bancos, enquanto o Deutsche Bank elevou a recomendação de Bradesco para "compra", citando que os riscos macroeconômicos seguem, mas que os níveis de preços são difíceis de ignorar.

A Ambev caiu de mais de 5% no final do pregão, após anúncio do acordo bilionário da SABMiller com a AB InBev. Analistas do BTG Pactual afirmaram em nota a clientes que o papel da Ambev no acordo segue indefinido. "A empresa informou que a transação será financiada por uma combinação de próprios recursos internos financeiros e nova dívida com terceiros. Mas o anúncio da transação contém comentário que não descarta a participação da empresa no acordo", escreveram os analistas, segundo a Reuters.

Cena política e China sob o foco dos investidores
Expectativas relacionadas a pedidos de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff também reforçam nesta terça a tendência de alta do dólar, já pressionado pelo cenário externo com preocupações sobre a China.

A moeda norte-americana teve a maior alta diária desde setembro de 2011. O dólar encerrou o dia em alta de 3,58%, cotada a R$ 3,8935 para venda. Veja a cotação do dólar hoje.

"A semana passada foi bastante positiva nos mercados externos, mas o humor virou hoje com os dados da China", disse à Reuters o operador de uma corretora nacional, sob condição de anonimato, acrescentando que "a questão do impeachment vai ser o grande tema desta semana".

Uma queda mais forte nas importações da China, importante referência para investidores em mercados emergentes, em setembro deixou economistas divididos sobre a performance do setor comercial do país, apesar de as exportações terem caído menos que o esperado.

O cenário político conturbado no Brasil também pressionava o câmbio. Segundo notícias veiculadas na imprensa brasileira, a oposição deve apresentar nesta terça-feira aditamento ao pedido de impeachment de Dilma para acrescentar argumento de que o governo manteve neste ano as chamadas pedaladas fiscais que levaram à reprovação das contas de 2014 pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu uma nova decisão liminar (provisória) nesta terça para suspender o rito definido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para dar andamento aos pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff pendentes de análise no Legislativo.

Mais cedo, Weber e Teori Zavascki já haviam concedido outras duas liminares, a pedido de parlamentares governistas, que impediam o andamento dos processos com base no rito definido por Cunha no final de setembro.

Fonte: G1

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