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US$ 934 milhões deixaram o Brasil na semana passada, revela BC

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03/07/2014 - 08:52

Com isso, fluxo de junho, que estava positivo, passa para o vermelho.
No acumulado deste ano, houve ingresso de US$ 3,17 bilhões no país.

Até a sexta-feira da semana passada, US$ 856 milhões deixaram o país no acumulado de junho

A retirada de dólares da economia brasileira superou o ingresso de recursos em US$ 934 milhões na semana passada, informou nesta quarta-feira (2) o Banco Central.

Com isso, a parcial de junho, que estava positiva, virou e passou a registrar movimento negativo, ou seja, com mais saída do que ingresso de dólares. Até a sexta-feira da semana passada (25), US$ 856 milhões deixaram o país em junho. O movimento completo do mês passado, incluindo a última segunda-feira (30), será divulgado pelo Banco Central somente na próxima semana.

Já no acumulado deste ano, até 25 de junho, entraram US$ 3,17 bilhões no país. Em igual período do ano passado, US$ 8,91 bilhões haviam ingressado da economia brasileira. Houve, portanto, uma queda de US$ 5,74 bilhões na entrada de recursos neste ano.

Contas comercial e financeira
O fluxo cambial brasileiro possui duas contas: a comercial, na qual são fechados os contratos de câmbio para operações de exportação e importação, e a conta financeira, que inclui as demais operações, como os investimentos estrangeiros diretos e os recursos para aplicações financeiras, além das remessas de lucros e dividendos (parcelas dos lucros) e empréstimos tomados no exterior, entre outros.

Segundo o BC, a saída de dólares do Brasil, na parcial de junho, aconteceu unicamente pela conta comercial - que registrou a retirada de US$ 2,12 billhões. Pela conta financeira, foi registrado o ingresso de US$ 1,27 bilhão no acumulado do mês passado, até o dia 25.

Efeito na cotação do dólar
A entrada de recursos no país, registrada na parcial de junho, favorece, em tese, a queda do dólar. Isso porque, com mais moeda norte-americana no mercado, seu preço tenderia a ficar menor. Em junho, a moeda registrou, de fato, pequena queda. No fechamento de maio, o dólar estava cotado em R$ 2,24, passando para R$ 2,21 no final de junho - uma queda de 1,37%.

Outros fatores que influenciam a cotação
A variação do dólar no Brasil também está relacionada, segundo economistas, com a decisão do Federal Reserve (BC dos Estados Unidos) de retirar gradualmente, em ritmo mais lento do que o estimado anteriormente, os estímulos da economia norte-americana e com a perspectiva de uma acomodação do crescimento em um patamar menor do que o registrado nos últimos anos na China.

Os analistas avaliam, porém, que a variação do dólar registrada neste ano também tem relação com as contas externas e contas públicas, que têm piorado. Uma eventual valorização do dólar pode preocupar o BC, uma vez que tende a contaminar a inflação por meio do encarecimento de importados. Uma queda do dólar, por sua vez, favorece o controle da inflação.

Entretanto, outro fator que também tem impacto na cotação da moeda norte-americana, neste caso para baixo, são os juros altos da economia brasileira, atualmente em 11% ao ano. Em termos reais, ou seja, descontando a inflação prevista para os próximos 12 meses, são os juros mais altos do planeta – o que teoricamente atrai recursos especulativos para o Brasil.

Os leilões de contratos de "swap cambial" pelo Banco Central – contratos que permitem a compra de dólares no mercado futuro e são feitos para conter a alta da cotação –, também têm impacto no preço do dólar no mercado à vista, segundo analistas. Recentemente, o BC anunciou que manterá as intervenções diárias no mercado futuro de câmbio até o fim deste ano.

Fonte: G1

 
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