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Trabalho: Tagarelas atrapalham o serviço

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21/07/2014 - 10:21

Em meio a tantos aparatos tecnológicos, barulho de telefone e a avalanche de e-mails que devem ser checados durante o dia, uma pesquisa norte-americana aponta que os colegas tagarelas são o principal motivo de distração e interrupção do trabalho nos escritórios. Levantamento da consultoria de mobilidade de talentos Lee Hecht Harrison, com 848 profissionais, revela que 45% consideram as conversas frequentes o principal fator perturbador do ambiente de trabalho.

Embora não haja uma pesquisa nacional, especialistas acreditam que o cenário local não seja muito diferente.

“O brasileiro é conhecido como um povo que trabalha muito e produz pouco”, diz o professor de recursos humanos e mestre em psicologia André Rezende. Ele afirma que um dos motivos dessa equação insólita é a tagarelice. Na contramão, ele explica que muitos funcionários desviam o foco da produtividade e passam muito tempo tomando ‘cafezinho’.

O mestre em psicologia afirma que algumas empresas chegam a modificar o layout dos estabelecimentos para evitar o trânsito elevado de funcionários. Como exemplo cita a estratégia de instalação da máquina de café em um local de grande fluxo. “Impede que um grupo de funcionários fique batendo papo neste local”, afirma.

André lembra que ao distrair com a conversa de um colega ou grupo de pessoas, o profissional demora pelo menos cinco minutos para retomar a atenção em seu trabalho. Por isso, geralmente, o profissional muito falante é pouco produtivo e carrega outros profissionais para a mesma situação.

Mas Rezende explica que nada disso ocorre se a cultura da empresa não permitir esse tipo de comportamento. “A empresa tem um papel muito grande nesse aspecto. Ela precisa deixar de forma clara o que não é tolerável.” A ausência de avaliação dos líderes deixa o funcionário à vontade para adotar esse tipo de comportamento.

André explica que as empresas nacionais possuem o hábito de contratar mais pessoas que o necessário para realizar as funções empresariais. “Se ele não tem o horário preenchido, acaba caindo na produtividade”, afirma.

Para ele, é improvável que uma pessoa tagarela seja realmente produtiva. “Desfoca a atenção”, ressalta. Inclusive, diz que empresas estão lidando com uma nova geração que consegue realizar muitas funções ao mesmo tempo, mas com qualidade inferior. Em sua opinião, somente vendedores podem se promover com essa característica.

Entretanto, para a sócia e gerente de recrutamento de recursos humanos da Agregar Gestão de Pessoas, Bárbara Lessa, o vendedor precisa também ouvir. “Se ele não souber o que o cliente deseja, não será um bom vendedor”, diz.

Ela afirma que o papel do gestor é fundamental para pontuar os fatos e evidenciar uma situação específica de que o resultado atingido não foi o esperado. “Se ninguém chegar nessa pessoa e falar a possibilidade dela mudar é nula”, diz.

Smartphones

André Rezende lembra que existem também os tagarelas digitais. Neste caso, o profissional perde duas vezes mais o tempo ao ler as mensagens no celular, pensar e digitar a resposta do que se conversasse pessoalmente com o colega de trabalho. O excesso de e-mails também é um fator preocupante. “Existem empresas que estão buscando diminuir a quantidade de e-mails.” André Rezende acrescenta que empresas trabalham técnicas de produtividade para que funcionários separem três períodos do dia para ler os e-mails.

Fonte: Jornal O Popular

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