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Tombini diz que Brasil poderá voltar à "estratégia original"

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14/04/2014 - 09:55

WASHINGTON  -  Com a normalização das condições monetárias globais, o Brasil poderá voltar à estratégia original de isolar a política monetária, com a acumulação de reservas e intervenções esterilizadas e, desse modo, controlar a liquidez doméstica, disse neste domingo o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini.

Em seminário em Washington, Tombini fez um relato de como o Brasil lidou com os ciclos financeiros globais nos últimos anos, destacando que o país aprendeu a enfrentá-los nos últimos anos.

Em um discurso bastante parecido ao feito na quinta-feira, o presidente do BC disse que antes da crise financeira global de 2008, a estratégia brasileira passava por intervenções esterilizadas no câmbio, com a acumulação de reservas. Com um mercado financeiro profundo, era possível controlar a liquidez. “Nós conseguimos implementar uma política monetária relativamente independente”, afirmou Tombini.

Depois da crise global, a situação mudou. Os países desenvolvidos passaram a adotar políticas monetárias expansionistas, aumentando enormemente a liquidez internacional. Economias emergentes como o Brasil tiveram de lidar com grandes fluxos de capitais. A estratégia anterior, nesse novo cenário, não era suficiente, disse Tombini.

O BC usou instrumentos adicionais para lidar com um fenômeno temporário, caracterizado por níveis sem precedentes de liquidez. Segundo ele, políticas macroprudenciais foram uma dessas ferramentas, para controlar a expansão do crédito e garantir a estabilidade financeira. Desse modo, foi possível evitar a eclosão de uma crise de crédito no país. Além disso, o BC também adotou algumas medidas de controles de capitais, para lidar com a grande entrada de recursos.

Tombini na mediação do seminário “Política monetária no novo normal”, na Universidade George Washington

Para Tombini, na fase de normalização das condições monetárias globais deverá ser possível voltar à estratégia original de isolar a política monetária, que passa por intervenções esterlilizadas e acumulações de reservas. “Nós devemos voltar para uma abordagem mais tradicional”, disse ele, num cenário em que a política monetária nos EUA passa por uma fase de normalização.

Tombini participou do seminário “Política monetária no novo normal”, na Universidade George Washington. O debate é parte da programação da reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que aconteceu nesta semana, em Washington.

 Tombini foi o mediador do evento que contou com as presenças de Marek Belka, do banco central da Polônia, Kamit Flug, do banco central de Israel, e Kristin Forbes, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

Fonte: Valor


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