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Sem impostos: Comer fora hoje será mais barato em 8 restaurantes

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23/05/2014 - 09:12

Estabelecimentos, mais uma padaria, integram ação para mostrar à população o peso dos tributos nos preços de produtos e serviços

O consumidor que sair para comer fora hoje - ou até mesmo comprar um pãozinho - vai encontrar preços até 33% mais em conta em oito restaurantes e uma padaria de Goiânia. A ação faz parte do Dia de Respeito ao Contribuinte e da Liberdade de Impostos, que tem por objetivo vender produtos sem às respectivas cargas tributárias para mostrar para a população o peso dos impostos nos preços de produtos e serviços.

Realizado pela Associação de Jovens Empreendedores e Empresários de Goiás (AJE Goiás), esse é o quinto ano consecutivo em que a campanha em Goiânia é realizada com a venda de pratos sem impostos. É esperada a venda de pelo menos 2 mil refeições nos bares e restaurantes participantes e a conscientização, por meio da ação direta, de mais de 10 mil contribuintes goianos.

O coordenador do evento, Rafael D’Almeida, diz que, além de chamar a atenção dos consumidores sobre a alta carga tributária brasileira, a intenção é mobilizar a população para cobrar por mudanças. A redução dos preços seguem os o índice da carga tributária apontada pelo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário.

Neste ano, serão distribuídos panfletos com os preços de produtos ligados à educação e à alimentação, com a devida descriminação da carga tributária. Rafael diz que lembra que a tributação da caneta, por exemplo, chega a 50%. Agenda, apontadores e borrachas, 43%. “Isso que queremos mostrar”, diz.

Uma das novidades é a venda de pão, pela Della Panificadora, sem impostos. O quilo do queridinho do café da manhã vai ser vendido com um desconto de R$ 3,76. De R$11,40, o pão francês vai ser vendido por R$ 7,64. A redução é de 33%.

Contas

O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, mas um dos países com a maior carga tributária sobre os alimentos. Os impostos representam 26,3% do valor final do arroz. Açúcar (32,3%), óleo (26%) e carnes (17,4%) são outros produtos que integram a alimentação diária, com uma das maiores cargas tributárias. Estas informações são do IBPT.

O diretor do Cateretê, que está com as três casas participando do evento, Newton Emerson Pereira, diz que não há retorno do imposto pago. “Pagamos 33% de tributos por cada prato vendido, mas ainda temos de pagar escola, saúde e segurança. O governo não devolve em benefícios. Não existe o retorno satisfatório”, avalia.

Segundo ele, cerca de 600 pessoas devem passar pelas trës casas amanhã. Participante de todas as edições do evento, ele diz que nestes dias são vendidos bem mais que nos dias normais. “As pessoas ficam interessadas em ter acesso aos pratos acessíveis e nós conseguimos mostrar o quanto a carga tributária pesa no bolso. A reação é de espanto.”

Pagamento

A Semana Nacional de Respeito ao Contribuinte e da Liberdade de Impostos foi instituída pela Lei Federal 12.325, de setembro de 2010. A data marca o período em que os brasileiros trabalharam no ano apenas para pagar os tributos e impostos, ou seja, de 1º de janeiro a 25 de maio.

Em 2014, os contribuintes brasileiros terão de trabalhar até o dia 31 de maio, quando terão destinado 151 dias, ou exatos cinco meses de trabalho, somente para o pagamento de impostos, taxas e contribuições aos cofres públicos.

As informações estão no estudo Dias Trabalhados Para Pagar Tributos – 2014, lançado na última terça-feira pelo IBPT. A data, neste ano, chega um dia mais tarde do que em 2012 e 2013, quando o brasileiro destinou 150 dias de trabalho para ficar em dia com os Fiscos federal, estaduais e municipais.

De acordo com o presidente-executivo do IBPT, João Eloi Olenike, “o brasileiro deverá destinar 41,37% do seu rendimento bruto para pagar os tributos, percentual que no ano passado ficou em 41,10%”.

“O Brasil exige que o cidadão trabalhe mais do que os habitantes de países como a Hungria, onde são necessários 142 dias para o pagamento de impostos; a Alemanha, com 138 dias; e a Bélgica, onde a média é de 102 dias de trabalho”, afirma Olenike

Fonte: Jornal O Popular

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