Brasília - A expectativa de elevação da taxa de juros ainda este ano já encareceu a dívida pública. Do fim de janeiro até a última sexta-feira, dia 22, a taxa paga aos investidores que compraram títulos públicos indexados à Selic (NTN-F) passou de 9,51% ao ano para 9,74% ao ano.
“As variações nas taxas são ligadas às expectativas dos agentes econômicos para o comportamento futuro das taxas de juros. Então, tem relação com alta do ciclo monetário“, afirmou o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Fernando Garrido.
Além disso, as incertezas geradas com os problemas financeiros no Chipre deixam o governo sem espaço para emitir títulos da dívida brasileira no exterior, por causa da oscilação dos mercados. Assim, o atual cenário econômico tem sido um desafio para a administração da dívida pública.
Dívida
Em fevereiro, a dívida pública federal em títulos nas mãos dos investidores subiu 1,34% em relação a janeiro, para um total de R$ 1,95 trilhão. Desse total, 37,14% são de papéis com taxas de remuneração estipuladas no momento da compra, chamados de prefixados.
A fatia de títulos corrigida pela inflação no mês passado era de 35,51% e a atrelada à variação da Selic, de 23,00%. Até o fim do ano, o governo pretende aumentar a participação dos prefixados, considerados os melhores papéis para a administração da dívida, e reduzir os mais voláteis, que são os indexados à Selic.
Fonte: Jornal O Popular