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Seguro contra calote cresce 29,61% em 1 mês

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24/06/2015 - 09:13

Em consulta ao seu extrato bancário, a auxiliar administrativo Camilla Rodrigues Viana, 28 anos, verificou que o seguro prestamista era cobrado da sua conta corrente há dois anos. Ela, que não realizou a contratação na agência bancária, acredita que isso ocorreu ao acessar a conta pelo celular ou no computador, onde vários serviços são oferecidos.

Após a reclamação, Camilla teve os R$ 73,20 retirados da conta até o momento devolvidos. Mas a auxiliar administrativo conversou com o gerente e resolveu aderir ao seguro prestamista, até então desconhecido por ela.

“A gente não percebe o débito na conta porque é um valor pequeno, no meu caso de R$ 3,05. Já tenho seguro de vida, de bens, e nesse momento de crise um seguro que cobre dividas é importante. A gente não sabe quando vai precisar e nem até quando o emprego está garantido”, diz Camilla.

O seguro prestamista é uma proteção do crédito que quita ou cobre parte de dívidas do segurado com o fornecedor de crédito em caso de morte, invalidez parcial ou total e desemprego involuntário. Na prática, cada seguradora possui uma variação de cobertura diferente. Essa modalidade de seguro pessoal foi uma das mais contratadas em março deste ano, com crescimento de 29,61% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Pagamentos

De acordo com dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), os segurados pagaram R$ 724 milhões em prêmio nesse período. No acumulado do primeiro trimestre de 2015, a contratação dos seguros prestamista teve expansão de 14,05%, acumulando R$ 1,8 bilhão.

De acordo com o presidente da FenaPrevi, Osvaldo do Nascimento, a percepção de risco por parte das pessoas influência no crescimento delas em cenário adverso, especialmente de seguros prestamistas, como proteção financeira. Ele explica que, mesmo apesar da queda nas operações de crédito, houve aumento da aceitação do seguro prestamista, pois as pessoas estão mais cautelosas e querem proteger o seu crediário do risco de inadimplência.

“Outro fator que explica a maior procura pela proteção financeira é a maior consciência das pessoas em relação à importância do seguro. Quanto mais educação financeira e securitária a pessoa tiver, maior será sua percepção de risco e melhor será o seu entendimento do produto que está adquirindo”, afirma Osvaldo do Nascimento.

Venda casada

Na maioria dos casos da contratação do seguro prestamista, as seguradoras firmam parcerias com os bancos, financeiras e redes varejistas para oferecer o produto.

Segundo a assessora geral do Procon Goiás, Rosânia Nunes, é frequente que esse seguro seja contratado sem o pedido do consumidor, o que também justifica a alta das contratações em tempos de crise.

“Com o crescimento do crédito que estimulou a oferta de produtos e serviços, aumentou o porcentual de seguros oferecidos. Mas, na prática, o que costuma acontecer é a venda casada desse seguro. O consumidor não é consultado ou informado sobre a inclusão do seguro e isso caracteriza prática abusiva. De forma nenhuma o seguro pode ser embutido, sem informação ao consumidor”, frisa Rosânia.

Seguros

De acordo com a FenaPrevi, o volume de contratação das coberturas de seguros pessoais em março de 2015 foi 21,91% superior em relação ao mesmo mês do ano anterior e somaram R$ 2,5 bilhões em prêmios, valor pago pelos segurados para manutenção de proteções para seus riscos.

Fonte: Jornal O Popular

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