Pela 1ª vez, mercado aposta na alta do PIB abaixo de 3% este ano, mais precisamente em 2,98%
Brasília - Após dois anos de baixo crescimento, em que o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do governo Dilma Rousseff ganhou o apelido de “pibinho”, economistas e analistas de mercado passaram a prever, pela primeira vez, que a economia brasileira crescerá menos de 3% neste ano.
A previsão de crescimento da economia em 2013 recuou de 3% para 2,98% na pesquisa semanal Focus divulgada ontem pelo Banco Central (BC). Para 2014, a estimativa de expansão segue em 3,5%. Desde a semana passada, vários economistas reduziram as projeções para o crescimento este ano, depois da divulgação de uma série de dados econômicos que mostram uma recuperação ainda lenta da atividade, como a queda nas vendas no varejo.
A projeção para o crescimento do setor industrial em 2013 também recuou, de 2,53% para 2,50%. Para 2014, economistas preveem avanço industrial de 3,5%, ante 3,55% da pesquisa anterior. Desde o início de seu mandato, Dilma lançou mais de 15 pacotes econômicos para impulsionar investimentos, além de baixar uma política industrial que ainda não conseguiu auxiliar em uma retomada consistente da indústria.
Preços
Em relação à inflação, as estimativas para 2013 e 2014 foram mantidas em 5,80%. A projeção para os próximos 12 meses subiu de 5,57% para 5,64%. Diante da alta dos preços, os economistas continuam apostando que a taxa básica de juros deve subir 0,25 ponto porcentual em cada uma das três próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).
Com isso, os juros iriam dos atuais 7,5% ao ano para 8,25% no fim de 2013. Para 2014, a expectativa é de manutenção da Selic nesse mesmo patamar. Os analistas também revisaram para cima das projeções para a taxa de câmbio, que subiu de R$ 2,01 para R$ 2,02 no fim de 2013. Para o fim de 2014, a mediana passou de R$ 2,05 para R$ 2,06.
Fonte: Jornal O Popular