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Previdência privada tem menor captação líquida para meses de setembro desde 2008

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14/11/2013 - 10:09

A captação líquida (diferença entre aplicações e resgates) da previdência privada em setembro foi a menor para o mês em cinco anos, de acordo com dados da Susep (Superintendência Nacional de Seguros Privados) divulgados nesta quarta-feira (13) pela FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada).

A diferença entre aplicações e resgates nos planos de previdência privada ficou em R$ 984,5 milhões em setembro, queda de 58,7% em relação aos R$ 2,384 bilhões registrados no mesmo mês de 2012.

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O valor só é maior para setembro que a captação líquida de R$ 866,2 milhões registrada em 2008, auge da crise econômica.

Para Marcelo d'Agosto, consultor de investimentos, o desempenho ruim em setembro reflete a alta volatilidade registrada pelos fundos de investimento nos quais os planos de previdência aplicam desde que a taxa básica de juros (Selic) voltou a subir, em abril deste ano.

Boa parte desses fundos investe em títulos públicos, principalmente prefixados. Com a alta da Selic, o preço de revenda do título emitido quando o juro estava menor cai, pois o valor do papel é atualizado diariamente pela diferença entre a taxa de juro registrada no dia e a de emissão do título, no que é conhecido como marcação a mercado.

Isso causou temor entre os detentores de planos de previdência privada, que, com receio das perdas, resgataram o dinheiro aplicado. Em junho, por causa desse movimento, os fundos nos quais os planos de previdência privada investem tiveram mais resgate do que saque pela primeira vez desde julho de 2008.

No entanto, setembro confirma uma recuperação do setor, de acordo com a Fenaprevi. Isso porque em julho houve mais resgate do que aplicação nos planos de previdência, o que levou a um saldo negativo de R$ 380 milhões. Mas já em agosto houve uma recuperação e a captação líquida voltou a ser positiva em R$ 812,1 milhões.

Para D'Agosto, o resultado confirma uma recuperação parcial do setor. "A minha percepção é de que o dinheiro está indo para fundos mais atrativos, mais conservadores e com taxa de administração mais baixas. Me parece que o que voltou são os fundos melhores, as pessoas estão selecionando os melhores", afirma.

Ele lembra, porém, que o acesso a esses produtos é mais difícil, pois eles costumam exigir aplicação mínima maior.

DEPÓSITOS NOVOS

Em setembro, a previdência complementar registrou R$ 4,5 bilhões em novos depósitos, alta de 2,7% em relação ao número de aplicações de agosto.

O destaque do mês ficou com os planos empresariais, com avanço de R$ 511,8 milhões, alta de 14,55% frente a agosto. Os planos individuais tiveram captação de R$ 3,9 bilhões em setembro, alta de 1,53% na comparação com o mês anterior.

Os planos para menores fecharam setembro com leve queda de 2,68% e arrecadação de R$ 131 milhões.

Segundo a FenaPrevi, o setor tem aproximadamente 12,7 milhões de contratos ativos e 96.402 pessoas usufruindo dos benefícios.

Fonte: Folha


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