Brasília, São Paulo e Ribeirão Preto - Considerado uma prévia do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,26% em outubro ante setembro e reforçou nos analistas de mercado as apostas de crescimento zero para 2014. O resultado ficou negativo pelo quinto mês no ano. É também o pior desempenho para outubro desde 2011, quando a queda foi de 0,48%. Com esse desempenho, é necessário que haja recuperação em novembro e dezembro para levar o crescimento do País para o terreno positivo, já que o acumulado do ano ainda registra uma queda de 0,12%. O mercado financeiro, até o momento, avalia ser possível terminar no azul, mas as revisões para baixo devem se intensificar. Demanda fraca A projeção pelo Boletim Focus, divulgado também ontem, pelo BC, é de uma expansão de 0,16% em 2014. Essas previsões, no entanto, têm sido revisadas a cada semana para baixo e, a depender do resultado do comércio e da indústria no que restou do ano, mais correções devem ser feitas. Guilherme Maia, economista da Votorantim Corretora, ponderou que, caso o PIB fique estável no último trimestre do ano, o crescimento do País também ficará em 0% em 2014. “Isto está ocorrendo devido à demanda fraca, com alguns fatores relevantes, como baixa confiança dos agentes econômicos, piora do mercado de trabalho e elevados estoques das indústrias”, disse. O fraco desempenho da indústria explica a “surpresa” do resultado de outubro, segundo avaliou o economista Rafael Bacciotti, da Tendências Consultoria Integrada. Na abertura dos dados, o desempenho negativo do indicador ocorreu, segundo ele, principalmente pela queda de 1,1% no setor de insumos para a construção civil entre os períodos. No global, os dados de produção industrial mostram estabilidade entre setembro e outubro e queda de 3,6% na comparação com outubro de 2013.
Fonte: Jornal O Popular