Brasília - A confusão no plenário da Câmara que acabou em empurrões, xingamentos e depredações na semana passada teve um novo capítulo na quinta (17).
Com a queixa de que foi vítima de um soco e de uma cabeçada, o deputado federal Nilto Tatto (PT-SP) ingressou com representação na Corregedoria Parlamentar contra Laerte Bessa (PR-DF) por quebra de decoro parlamentar.
Segundo o petista, Bessa o agrediu fisicamente durante tumulto para a votação da comissão especial que avaliará o arquivamento ou prosseguimento do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
No episódio, os dois deputados federais trocaram acusações e chegaram a ser separados pela Polícia Legislativa. A cabeçada chegou a ser filmada por veículos de comunicação.
“Primeiro, ele me deu um soco no estômago. Eu falei para que ninguém agisse com violência, mas ele proferiu uma cabeçada", reclamou o petista, o qual espera que o Conselho de Ética da Câmara tome “as medidas cabíveis".
Com o receio de sofrer uma derrota, o que se confirmou ao final do dia, integrantes da base aliada tentaram obstruir na força física a votação. A tentativa de impedir o processo deveu-se à decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de realizar uma eleição secreta.
Para evitar que a iniciativa estimulasse traições na própria base aliada, o PC do B recorreu ao Supremo Tribunal Federal para garantir que ela fosse aberta.
Procurado pela Folha, Laerte Bessa não foi localizado para comentar sobre a representação.
Fonte: Jornal O Popular