São Paulo - O Brasil é líder em ler e responder e-mails pessoais ou de trabalho durante reuniões. Para 57 de cem diretores de recursos humanos entrevistados no País, essa é uma prática muito comum entre os profissionais.
A pesquisa foi feita em dez países pela companhia de recrutamento Robert Half. O Brasil fica à frente de Chile e Reino Unido, onde 42% e 30% dos diretores observam o comportamento, respectivamente. Foram ouvidos 1.475 diretores de recursos humanos.
“Ainda que seja comum, é uma atitude muito deselegante com os participantes da reunião. O desvio de atenção ainda pode comprometer a compreensão de algum dado relevante”, diz, em nota, Fernando Mantovani, diretor da Robert Half.
Há algumas empresas que tentam contornar o problema. A agência de publicidade Lew’Lara\TBWA, de São Paulo, instalou um “totem anticelular” ao lado das salas de reunião para evitar que as pessoas usem o aparelho durante o encontro. Funcionários e clientes da agência podem depositar seus telefones no recipiente e colocá-los para carregar. Também podem deixá-los na recepção, onde a recepcionista atende as chamadas e anota os recados.
“O cliente ou funcionário recebe mais atenção e a reunião se torna mais objetiva e mais curta. Todo mundo quer ir embora logo para ver o celular”, afirmou Marcio Oliveira, 41, presidente da agência.
O estudo aponta também que 45% dos gestores brasileiros aceitam a prática em casos de mensagens urgentes.
Fonte: Jornal O Popular