Rio - Em relação ao futuro, contudo, a percepção dos brasileiros melhorou. O indicador de emprego, por exemplo, subiu 4,3%, embora se mantenha, pelo sexto mês seguido, abaixo dos cem pontos - o que indica que há um número maior de famílias apostando que será mais difícil achar uma vaga. “Mesmo antes de se observar uma redução no ritmo de contratações, o consumidor já estava demonstrando insatisfação com o mercado de trabalho”, ressaltou a economista Viviane Seda, coordenadora da Sondagem do Consumidor da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Além disso, a percepção sobre o futuro da economia melhorou em outubro pelo segundo mês consecutivo. “Talvez o consumidor esteja olhando para o final do período eleitoral e vislumbrando mais estabilidade”, avaliou Viviane. Até agora, o ambiente econômico alimentou uma incerteza que durou todo este ano e levou os consumidores a adotarem cautela em suas decisões de compra, lembrou.
Em relação à situação financeira, as famílias também esperam algum alento no futuro - o indicador subiu 1,4%. “Mas isso não foi suficiente para sustentar a intenção de compra”, atentou a economista. O indicador de expectativa de compra de duráveis recuou 3,6%.
“Isso é algo que percebemos também nas outras sondagens (empresariais). A demanda está fraca”, acrescentou. Diante do resultado e da proximidade do Natal, Viviane alertou que o volume de vendas na data festiva não deve se manter no mesmo nível de crescimento observado em anos anteriores.
Fonte: Jornal O Popular