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Pacote de estímulos: Europa vai injetar 1,1 tri de euros na economia

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23/01/2015 - 09:36

Serão usados 60 bilhões de euros por mês, a partir de março, para compra de papéis dos governos europeus

São Paulo - Após seis anos de medidas fracassadas, o Banco Central Europeu (BCE) se rendeu ao relativo sucesso da política americana de estímulos e decidiu injetar mais de 1 trilhão de euros para estimular a economia, que passa pela primeira deflação em cinco anos e cuja estagnação pode passar de 2020.

O BC da zona do euro vai comprar, a partir de março, 60 bilhões de euros mensais em títulos de dívida dos governos e de agências europeias de baixo risco de calote. Até então, o foco era corte juros, austeridade fiscal e socorro a bancos para viabilizar o crédito.

A medida vai durar ao menos até setembro de 2016, somando 1,1 trilhão de euros (cerca de metade do PIB brasileiro). Porém, Mario Draghi, presidente do BCE, abriu as portas para que o programa prossiga caso a inflação não se aproxime da meta de 2% - ficou em -0,2% no mês passado.

Considerada inflacionária, a ação tem como efeitos colaterais a desvalorização do euro (fala-se que a paridade entre euro e dólar deve voltar até o fim de 2016; a moeda recuou 2,45% a US$ 1,13, a menor cotação em 11 anos), além do fomento a bolhas (a valorização de commodities e de moedas emergentes é atribuída ao dólar barato até 2014).

Por outro lado, os EUA voltaram a crescer e a exportar com força a ponto de retirar os estímulos no final de 2014, dois anos após adotar sua terceira versão do programa.

Dúvidas

Há dúvidas se o BCE terá sucesso com a receita americana e quais serão as consequências para países emergentes, como o Brasil.

A desvalorização do dólar, após a adoção pelos EUA do seu programa de estímulo em 2012, fomentava a alta de commodities, moedas e ativos em todo o mundo. O euro não tem o alcance de influência da moeda americana.

Também dificultam as disparidades os 19 países da zona euro, além da oposição alemã, que considera a medida uma distribuição de riqueza em favor de países menos previdentes, como Grécia e Itália.

Nos EUA, as empresas se financiam vendendo títulos no mercado de capitais, enquanto na Europa vão buscar dinheiro nos bancos, o que pode reduzir a efetividade do dinheiro barato abundante.

“Estamos vivendo um período de experimentalismo. Mas o BCE surpreendeu e aumentou o apetite por risco”, disse Daniel Cunha, da XP Securities, em Nova York.

“ As medidas vão ajudar a Europa. Tem-se uma falsa sensação de que isso pode estimular novamente a demanda por emergentes, porém existe uma enorme faxina a ser feita nesses países”, disse Jason Vieira, economista da XInfinity Invest.

Fonte: Jornal O Popular

 

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