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Mercado: Pressionada por Vale e Petrobras, Bolsa recua 2,32%

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25/06/2013 - 08:45

Ibovespa fecha em queda, aos 45.965,05 pontos, no menor nível desde 28 de abril de 2009

São Paulo - A Bovespa abriu a última semana do mês e do semestre com mais uma perda e oscilou em boa parte do dia abaixo dos 46 mil pontos, pressionada principalmente por Vale, Petrobras, OGX e siderúrgicas. As notícias da China se juntaram aos temores recentes sobre a retirada de estímulos pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) e os mercados globais tiveram um dia de aversão à risco, o que fez a Bovespa encerrar nos 45 mil pontos.

O Ibovespa fechou ontem em baixa de 2,32%, aos 45.965,05 pontos, menor nível desde os 45.821,44 pontos de 28 de abril de 2009. Na mínima do dia, o índice registrou 45.406 pontos (-3,51%) e, na máxima, 47.039 pontos (-0,04%). No mês, acumula perda de 14,09% e, no ano, de 24,59%.

Um profissional da mesa de renda variável comentou no começo da tarde de ontem que, depois de ter tocado a mínima e recuado aos 45 mil pontos, houve um movimento de recompra com o objetivo de restaurar os 46 mil pontos e também corrigir um pouco do exagero do início dos negócios. Mas ele não durou muito tempo.

O recuo de ontem teve origem na China, por causa das preocupações dos agentes sobre a escassez de liquidez no seu mercado interbancário.

Nos Estados Unidos, os índices acionários chegaram a reduzir suas perdas no meio da tarde, após declarações do presidente do Fed de Minneapolis, Narayana Kocherlakota, de que o banco central dos Estados Unidos deveria adotar um sistema de “gatilhos” para definir a política das compras de bônus. Para ele, as compras devem continuar pelo menos até a taxa de desemprego cair para 7%.

O Dow Jones terminou em queda de 0,94%, aos 14.659,56 pontos, o S&P recuou 1,21%, aos 1.573,09 pontos, e o Nasdaq terminou com desvalorização de 1,09%, aos 3.320,76 pontos.

Aqui, as ações da Vale foram as mais castigadas. A ON despencou 5,12% e a PNA, 5,48%, voltando a ser negociada em níveis de 2009. As siderúrgicas também tiveram comportamento semelhante e Usiminas PNA liderou a queda do Ibovespa ontem, com -7,90%. A ON da empresa caiu 5,56%, Gerdau PN recuou 5,34% e Metalúrgica Gerdau PN, 5%. CSN ON, -3,73%.

Petrobras, que superava 4% de perdas no final da manhã, chegou a cair a metade disso, ao redor de 2%, mas fechou com baixa de 3,53% na ON e de 3,34% na PN.

Grupo X

O empresário Eike Batista acentuou sua corrida para conseguir reestruturar o capital das empresas do Grupo X, em meio à falta de confiança do mercado, ações em queda livre, metas descumpridas e ruídos em relação à saúde financeira de suas seis companhias listadas em Bolsa. De um lado, ele negocia a venda de ativos. De outro, reduz sua exposição nas empresas, levantando dúvidas em relação ao futuro das companhias.

A dívida das empresas ultrapassava R$ 10 bilhões no fim do primeiro trimestre, apenas contabilizando os principais bancos de varejo, conforme dados dos balanços das companhias. Segundo fontes de mercado, dentre os maiores credores estão Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal e BTG Pactual.

No exterior, investidores chegaram a trabalhar com a hipótese de calote da OGX, do setor de óleo e gás. Internamente, especula-se qual será a estratégia do empresário para retomar a confiança. A falta de resposta derrubou as ações na Bolsa este ano: OGX, queda de 80%; MXX, 70%; OSX , 86%; LLX , 60%; MPX, 30%; e CCX 60%.

As empresas X já estão negociando alguns de seus ativos. Ontem, em fato relevante, a MMX informou que avalia oportunidades de negócio, incluindo a venda de ações detidas pelo seu acionista controlador, assim como a de ativos. Há 15 dias, Eike vendeu 2,2% da sua participação na OGX. Antes disso, a E.ON adquiriu cerca de 24,5% de Eike na MPX Energia. Há duas semanas circulam rumores sobre a possibilidade de venda do porto Sudeste, da MMX, considerado como o melhor ativo da mineradora. A interessada seria a Glencore.


Brics organizam ação de proteção às suas moedas

Brasília - Os presidentes e chefes de governo de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que formam o grupo conhecido como Brics, preparam uma ação coordenada em relação à valorização mundial do dólar, informou ontem o porta-voz da Presidência da República, Thomas Traumann.

Ontem pela manhã, Dilma conversou por cerca de 30 minutos com o presidente da China, Xi Jinping sobre a preocupação com os efeitos da valorização do dólar e a possibilidade de uma ação coordenada de proteção às suas moedas pelos bancos centrais dos países emergentes.

A alta do dólar e o impacto desse efeito no aumento da inflação preocupam a presidente Dilma, principalmente em momento político delicado, quando estão ocorrendo no País grandes mobilizações populares. Uma ação conjunta dos países poderia ajudar a minimizar os problemas, na avaliação do Palácio do Planalto.

A preocupação se relaciona às indicações do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, de que a instituição poderia moderar a compra de ativos no mercado nos próximos meses. A mera indicação, na semana passada, foi suficiente para reduzir a liquidez em mercados emergentes e desvalorizar moedas contra o dólar, movimento que inclui o real.

Câmbio

Após oscilar em alta durante toda a manhã de ontem, o dólar à vista negociado no mercado de balcão passou a cair ante o real à tarde, em sintonia com o exterior. Na reta final dos negócios, o Banco Central (BC) anunciou um leilão de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro) para hoje, às 10h30, o que fez o dólar encerrar o dia em baixa de 0,89% no balcão, cotado a R$ 2,2240, na mínima do dia e no segundo recuo consecutivo ante o real depois de cinco sessões de ganhos. Em junho, a moeda americana acumula alta de 3,59% e, no ano, elevação de 8,75%.

Fonte: Jornal O Popular


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