Petrolífera de Eike Batista teve o terceiro dia de forte queda e fechou cotada a R$ 0,39; Bolsa recuou 0,41%
São Paulo - O Ibovespa fechou ontem em queda de 0,41%, aos 45.044 pontos, pressionado pela baixa de mais de 13% dos papéis da OGX, empresa de petróleo de Eike Batista. Foi a quarta baixa consecutiva do principal índice da Bolsa brasileira e novamente sua menor pontuação desde 22 de abril de 2009, quando ficou em 44.888 pontos. O dólar à vista fechou em alta de 0,89%, a R$ 2,269.
“O dia foi instável devido ao clima de cautela no exterior e com investidores aproveitando para comprar papéis “baratos” na Bolsa nacional”, afirma Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora.
O quadro se agravou com as ações da OGX, que perfazem mais de 5% do índice e registraram a maior queda do Ibovespa no dia, 13,33%, fechando o pregão a R$ 0,39.
Após a Standard & Poor’s, na véspera, ontem foi a vez de a agência de classificação de risco Moody’s cortar a nota da petroleira para “CAA2”. Os papéis de bancos credores do grupo EBX, de Eike, voltaram a perder após o recuo de terça, quando analistas viram risco de contaminação. Ações do Bradesco caíram 0,81%, e do Itaú, 1,14%.
Já os papeis mais negociados da Petrobras, que registraram perda na véspera, fecharam em alta de 3,31%, a R$ 15,90. “Os cenários são diferentes. Não sabemos se a OGX vai estar produzindo daqui a um ano. Já a Petrobras continuará sendo uma das maiores do setor, apesar da interferência política”, diz Luana Helsinger, analista do GBM.
Apuração
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) confirmou, na noite de ontem, que apura fatos envolvendo a OGX e outras empresas do grupo EBX do empresário Eike Batista, “incluindo aqueles recentemente divulgados na mídia”.
A supervisão da CVM se realiza, dentre outras ações, pelo acompanhamento da divulgação de informações relativas a companhias abertas, demais participantes do mercado e aos valores mobiliários negociados.
Fonte: Jornal O Popular