Depois de ter operado parte do dia no azul, o principal índice da Bolsa brasileira, o Ibovespa, perdeu força e fechou ontem em queda de 0,53%, aos 51.558 pontos. Foi a segunda baixa seguida.
Segundo analistas, o movimento foi influenciado pela baixa liquidez - menor número de negócios, que movimenta um volume de recursos mais modesto -, o que tem sido comum desde o final do mês passado.
“O Ibovespa anda de lado desde que perdeu os 52.200 pontos, que era uma linha interessante de suporte. Ele tenta voltar, mas não consegue passar desse patamar”, diz Filipe Machado, analista da Geral Investimentos.
Para Márcio Cardoso, sócio-diretor da Easynvest Título Corretora, com baixa liquidez, o Ibovespa ficam refém de aplicadores profissionais - investidores institucionais e grandes fundos. “Eles têm aplicações de curto prazo, por isso uma venda de papéis um pouco mais significativa já consegue mexer com o desempenho da Bolsa”, afirma.
As ações preferenciais da Petrobras (sem direito a voto) fecharam em queda de 1,69% e ajudaram a pressionar o Ibovespa. Outras estatais perderam, como a Eletrobras, que viu seus papéis ordinários (com direito a voto) caírem 1,06%.
Eleições
As empresas estatais têm mostrado oscilação constante nas últimas semanas movidas por expectativas do mercado pelos resultados de pesquisas eleitorais. A avaliação de analistas é que um aumento nas intenções de voto na presidente Dilma Rousseff tende a ter impacto negativo sobre esses papéis, uma vez que os investidores estão descontentes com intervenções políticas do atual governo nestas companhias.
O dólar terminou em baixa ante o real,ontem, como resultado de um ajuste à sequência dos ganhos recentes e do anúncio de novas medidas de estímulo monetário do Banco Central Europeu (BCE). No termino dos negócios, o dólar fechou cotado a R$ 2,2640 (-0,88%).
Fonte: Jornal O Popular