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Mercado: Com dúvidas sobre economia, dólar sobe

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06/11/2013 - 09:50

Moeda americana termina o dia cotada a R$ 2,29, o maior valor desde setembro

São Paulo - O mau humor do mercado financeiro fez a cotação do dólar disparar ontem. No balcão, o dólar à vista terminou cotado a R$ 2,290, em alta de 1,96%. Este é o maior patamar de fechamento para a moeda desde 6 de setembro deste ano. Já o ganho porcentual foi o maior desde 16 de agosto.

Ontem, a moeda americana oscilou no território positivo durante toda a sessão. Na cotação mínima do dia, atingiu R$ 2,250 no balcão (+0,18%) e, na máxima,marcou R$ 2,2940 (+2,14%).

Embora parte disso seja provocado pelas perspectivas de fim da injeção de dólares nos Estados Unidos, foi o real a moeda emergente que mais se desvalorizou ontem, dentre as mais negociadas. O fenômeno foi visto por analistas como uma reação à dificuldade do governo em manter a meta de economia para pagar juros da dívida.

Para economistas, o governo tem dificuldades em cortar o próprio gasto e uma política intervencionista que demonstra ser avessa ao lucro.

Para recuperar a credibilidade a um ano da eleição, tem feito reuniões com empresários e banqueiros e sinalizado aperto nos gastos e redução nos repasses feitos aos bancos públicos.

“O governo colhe o que plantou. Quando há credibilidade, pode-se cometer pequenos erros sem maiores consequências. Mas, quando a credibilidade se esgota, qualquer pequeno erro é um grande problema”, disse Gustavo Franco, ex-presidente do BC.

“A política fiscal é uma sucessão de equívocos e maquiagens, que só não é pior que o desempenho no plano setorial e regulatório.”

Ao longo do ano, o estrago no mercado de juros foi ainda maior. A taxa pós-fixada (CDI) saltou de 6,92% para 9,28%. Juros maiores indicam que os investidores “exigem” um retorno maior, seja porque há uma aversão ao risco maior, seja porque consideram que as contas do país estão se deteriorando.

Para o ex-ministro Mailson da Nóbrega, o maior problema é o crescimento baixo, mas não há sinais sobre como isso vai ser revertido.

“A presidente acha que pode reverter a credibilidade se reunindo com empresários. O mau humor não é manifestado pelos líderes, mas por quem analisa os riscos do investimento”, disse.

Para Carlos Tadeu de Freitas, ex-diretor do BC, o governo deveria responder com um planejamento crível para recuperar as contas públicas.

“O Brasil não está à beira da catástrofe, mas o governo tem que aceitar que a situação fiscal se deteriorou porque foi usada para estimular a economia. Funcionou? Não, mas ajudou. Para reverter, tem de fazer um planejamento, porque o resultado dos ajustes fiscais demoram.”

Bolsa

Nos mercados de maior risco, como o de ações, o dia foi negativo. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, registrou queda de 1,11%, a 53.831 pontos, com investidores digerindo os números apresentados pelas empresas brasileiras na temporada de divulgação de resultados do terceiro trimestre.

As ações do frigorífico Marfrig lideraram as perdas do Ibovespa no dia, com queda de 6,67%, seguidas pela perda de 6,33% dos papéis da MMX, mineradora de Eike Batista.

Também no vermelho, a BR Properties teve desvalorização de 4,51% depois que a empresa divulgou um lucro líquido de R$ 89,55 milhões no terceiro trimestre, queda de 65% sobre o resultado positivo obtido um ano antes. Os papéis da Cielo, por sua vez, caíram 2,84%, mesmo após a companhia ter registrado lucro 17% maior no 3º trimestre em relação ao mesmo período de 2012.

Em sentido oposto, as ações da Light tiveram alta de 2,18% após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ter aprovado ontem o aumento médio de 3,65% nas tarifas da distribuidora fluminense a partir do dia 7 de novembro. O reajuste chegou a impulsionar as ações da empresa para alta de mais de 4% pela manhã.

Fonte: Jornal O Popular


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