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Mercado: Bovespa sobe com exterior mais ‘tranquilo’

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18/12/2014 - 08:56

Com as medidas anunciadas peloBC da Rússia, a Bolsa subiu 3,63% e o dólar caiu para R$ 2,70

Agência Estado) 18 de dezembro de 2014 (quinta-feira)

São Paulo - Depois de três quedas seguidas, a Bolsa brasileira viu seu principal índice fechar no azul, ajudada pela trégua na aversão ao risco no exterior. O Ibovespa subiu 3,63%, para 48.713 pontos ontem, favorecido também pelo vencimento de opções sobre índice e índice futuro (quando termina o prazo de contratos que apostam na pontuação de indicadores). O volume financeiro negociado com ações do Ibovespa bateu recorde histórico, alcançando R$ 44,9 bilhões.

“Em dias em que há vencimento de opções desse tipo, há muita operação que envolve ações do Ibovespa. Os operadores têm que comprar papéis e zerar suas posições nas últimas três horas do pregão, o que empurra para cima as cotações”, explicou Fabio Gaudino, trader da Guide Investimentos.

Segundo o analista, o ambiente mais favorável colaborou para o ânimo da Bolsa. “A aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o comprometimento do próximo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com uma política econômica mais firme foram vistos com bons olhos pelos investidores”, afirmou.

 

Ações

Papéis da Petrobras subiram, mesmo após declaração da presidente da estatal, Graça Foster, de que o balanço da empresa pode não trazer informações confiáveis sobre descontos feitos no patrimônio atribuídos à corrupção.

As ações preferenciais, mais negociadas, ganharam 2,99%, para R$ 9,66 cada, enquanto as ordinárias, com direito a voto, avançaram 3,91%, para R$ 9,04.

No setor financeiro -de maior peso no Ibovespa-, fecharam no azul Itaú Unibanco (+5,05%), Banco do Brasil (+7,86%) e Bradesco (+4,9%).

No exterior, as Bolsas dos EUA subiram. As declarações do Federal Reserve (banco central americano) de que não deve apressar a elevação dos juros americanos animou os investidores.

O índice S&P 500, que reúne as ações das 500 principais companhias listadas nos Estados Unidos, teve seu melhor dia desde outubro de 2013, subindo 2,04%. Um aperto monetário é esperado para meados de 2015, segundo analistas.

 

Dólar

O dólar tentou dar continuidade ontem aos ganhos acumulados nas últimas cinco sessões, de 5,62%. Abriu em alta, acompanhando o comportamento externo da moeda, influenciado pela queda do petróleo e pela expectativa com o resultado do encontro de política monetária do Fed que sairia no fim do dia.

As declarações do futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de que as medidas a serem adotadas devem estancar e reduzir gastos e aumentar impostos também contribuíram para o movimento altista. Essa trajetória, no entanto, foi interrompida em razão das medidas anunciadas pela Rússia para o setor financeiro, que se somaram àquelas para dar sustentação ao rublo. E o dólar virou para baixo. O dólar comercial encerrou em baixa de 1,42%, a R$ 2,7020.

 

Petróleo

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou ontem que a queda dos preços do petróleo no mercado internacional deve ajudar a balança comercial brasileira. Segundo ele, se o barril continuar cotado na faixa de US$ 55 a US$ 60, o Brasil, que é importador líquido dessa commodity, pode fazer uma economia de US$ 5 bilhões a US$ 10 bilhões.

“Ainda somos importadores líquidos de petróleo. Sustentados esses níveis, na faixa de US$ 55 a US$ 60 o barril, nós teríamos o benefício na balança comercial de US$ 5 bilhões a US$ 10 bilhões de economia. Isso é para não dizer que serão apenas desafios”, disse Tombini em café da manhã com jornalistas.(

Com intervenção do BC, moeda russa tem alta de 17%

São Paulo - Depois de dois dias de quedas profundas, o rublo, a moeda russa, teve ontem a maior alta em 16 anos, após medidas do governo e do banco central para aumentar a confiança no sistema financeiro do país. O rublo se valorizou em 17%, alta que não era vista desde 1998 (ano da crise financeira russa). A moeda acumula queda de 3,2% nesta semana, a mais profunda entre as grandes economias emergentes, mas praticamente residual após as quedas de segunda (15) e terça-feira (16): 9,6% e 8,6%, respectivamente.

Nos primeiros dois dias desta semana, o BC russo gastou US$ 4 bilhões das suas reservas (de mais de US$ 400 bilhões) para tentar conter o declínio do rublo, medida que foi insuficiente.

Pacote

Com filas se formando em agências de bancos em diversas partes do país para trocar rublos por dólar ou euro, o BC anunciou um pacote de medidas para ajudar o setor. Entre elas, estão injeção de liquidez, afrouxamento das exigências de capital pelos bancos e a possibilidade de recapitalizar instituições.

“O governo e o banco central começaram a trabalhar com seriedade para cessar essa bacanal no mercado de câmbio”, disse Andrei Belousov, assessor do presidente Vladimir Putin. A recuperação do rublo também se traduziu em ações de bancos como as do Sberbank, o maior do país em financiamento, que subiram 12% ontem.

Ainda ontem, o Ministério das Finanças russo anunciou que vai vender US$ 7 bilhões em reservas em dólar, e o governo disse que vai aumentar o controle sobre as operações em moeda estrangeira das companhias estatais do país.

Fonte: Jornal O Popular

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