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Mercado: BC atua, mas não evita alta do dólar, que encosta em R$ 2,26

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21/06/2013 - 08:10

Moeda bateu em R$ 2,276, mas desacelerou e fechou o pregão em alta de 2,45%, a R$ 2,259

São Paulo e Brasília - O Banco Central (BC) voltou a intervir fortemente no mercado de câmbio ontem na tentativa de arrefecer a alta do dólar em relação ao real. Mesmo assim, não conseguiu evitar a quinta sessão consecutiva de subida da moeda norte-americana, que fechou em alta de 2,45%, cotada a R$ 2,259. É o maior patamar desde 1º de abril de 2009.

O BC chegou a lançar mão de outros tipos de intervenção. Pela primeira vez no ano, a instituição ofereceu empréstimos com os dólares das reservas internacionais. O BC repetiu ainda a oferta de contratos de swap cambial, que equivalem à venda de divisas no mercado futuro. No fim do dia, também sondou investidores sobre a possibilidade de negociar esses mesmos papéis por prazos acima de um ano, em vez de apenas alguns meses, com o intuito de reduzir apostas contra o real.

As ações estão dentro da estratégia do governo para enfrentar o ajuste de liquidez sinalizado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). Na quarta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo tem “muita bala na agulha”, “muitas reservas, como nunca tivemos antes” para enfrentar as turbulências no mercado de câmbio. Na terça-feira, o presidente do BC, Alexandre Tombini, disse que agiria para evitar mudanças bruscas de cotação e que o Brasil está preparado para “eventos contrários”.

Para Luiz Carlos Baldan, diretor da Fourtrade Corretora, o BC pode ser obrigado, porém, a utilizar uma “munição mais pesada” para segurar a cotação do dólar. “Swap e venda com recompra não deram certo. Para o BC ter efetivamente o que quer, será preciso pegar um pouco das reservas, vender moeda e pronto”, afirmou.

Para Fabio Silveira, da GO Associados, a alta do dólar “é péssima para a inflação”. “Por mais que caia o preço de commodities no mercado internacional, isso é inflação na veia.” Na visão dele, o BC enfrenta um cenário conturbado e a saída não é simples. “Parece claro que o plano do BC era subir a Selic e deslocar a banda do dólar para R$ 2,10 ou R$ 2,15. Mas isso está se mostrando insuficiente, porque o capital não está vindo.”

Desde o fim de maio, o BC vinha usando sua primeira opção de intervenção, os contratos conhecidos como swap cambial, nos quais o governo negocia com o investidor apenas a variação do câmbio em um determinado período. Em três semanas, foram vendidos mais de US$ 15 bilhões em contratos, incluindo os quase US$ 3 bilhões ofertados nesta manhã.

Como o dólar continuou subindo, próximo ao meio-dia, o BC usou o chamado leilão de venda de moeda estrangeira com compromisso de recompra. Foram oferecidos ao mercado US$ 3 bilhões, com a obrigação de que o dinheiro volte para as reservas brasileiras em setembro ou outubro deste ano. Quando vence o prazo da operação, o BC recompra o dólar por uma cotação predefinida.

Esse tipo de operação aumenta a oferta de dólares no mercado, ajudando a diminuir a pressão sobre a cotação. A última vez em que o BC emprestou dólares dessa forma foi em dezembro de 2012, quando usou US$ 5,5 bilhões das reservas.

Bolsa

O mercado acionário também sentiu a turbulência do mercado externo. Em menos de uma hora de negociação, a Bovespa chegou a cair mais de 4%. A queda foi agravada por dados fracos da economia chinesa e mistos dos EUA. No fim do dia, como a Bolsa se tornou barata em dólar ao investidor estrangeiro, o Ibovespa passou a subir e encerrou em alta de 0,67%, aos 48.214 pontos.

Fonte: Jornal O Popular


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