Atenção! Você está utilizando um navegador muito antigo e muitos dos recursos deste site não irão funcionar corretamente.
Atualize para uma versão mais recente. Recomendamos o Google Chrome ou o Mozilla Firefox.

Notícias

Mercado: Após retirada do IOF para derivativos, dólar recua

Facebook
Twitter
Google+
LinkedIn
Pinterest
Enviar por E-mail Imprimir
14/06/2013 - 08:26

Moeda cai 0,46%, para R$ 2,14, após intervenções do BC e do governo. Analistas acreditam que retirada de IOF deve atrair recursos para o País

São Paulo - O fim da cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em derivativos, anunciado na noite de quarta-feira pelo governo, abriu espaço para a queda do dólar ante o real. Ontem, no primeiro dia após a medida, o dólar recuou 0,46%, cotado a R$ 2,1420 no mercado à vista de balcão. A moeda norte-americana não registrou avanço ao longo do dia. Na cotação máxima, marcou R$ 2,1520 (estável em relação ao fechamento anterior) e, na mínima, saiu a R$ 2,1340 (-0,84%).

O movimento foi favorecido pelo cenário no exterior, onde a divisa dos Estados Unidos caía de forma consistente ante outras moedas com elevada correlação com commodities. Para profissionais do mercado, a queda do imposto permitirá que, quando a tendência global de valorização do dólar arrefecer, a moeda também recue no Brasil.

Na noite de quarta-feira, com os mercados fechados, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou o fim da cobrança de 1% de IOF em posições vendidas líquidas em derivativos cambiais acima de US$ 10 milhões.

A tributação, que vigorava desde julho de 2011, era classificada como “disfuncional” por diversos analistas, à medida que servia como uma trava para maiores posições vendidas (de aposta na queda do dólar) no mercado futuro. Sem a barreira, o dólar fica, em tese, mais livre para oscilar - principalmente para baixo, o que favorece o controle da inflação nesse momento de pressão sobre os preços.

“Mas o dólar caiu muito em função do exterior, onde a moeda também cede”, acrescentou um profissional da mesa de câmbio de um banco. “Na verdade, o IOF zero em derivativos é muito bom para o mercado, porque elimina amarras. Mas o fim do IOF vai sensibilizar bastante o preço quando a pressão diminuir lá fora”, acrescentou, em referência ao movimento mais recente de alta da moeda norte-americana em todo mundo, em meio à expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) possa reduzir seu programa de compra de bônus em um futuro próximo.

Para Sidney Nehme, sócio da NGO Corretora, a medida do IOF era esperada. “O governo não tinha como não adotá-la”, afirmou. “Agora, a descida do dólar vai ser mais lenta. Acho que a moeda pode chegar até R$ 2,10 gradualmente. Para abaixo disso, só se houver fluxo”, comentou.

Bovespa

A Bovespa conseguiu interromper a sequência de quatro baixas, em que acumulou perda de 7%. Na esteira de ganhos firmes das Bolsas nova-iorquinas, o Ibovespa terminou com uma arrancada de 2,51%, retomando o patamar de 50 mil pontos, aos 50.414,89 pontos no fechamento. No mês, minimizou as perdas para 5,78% e, no ano, para 17,29%.

Na Ásia, o índice Nikkei, do Japão, caiu 6,35%, o menor nível desde 3 de abril, ampliando as vendas generalizadas que começaram em 23 de maio devido a preocupações com a desaceleração do crescimento da China e com as perspectivas de política do Fed. As ações de Xangai recuaram 2,83%, enquanto Hong Kong cedeu 2,19%. Taiwan tombou 2,03%, enquanto Cingapura retrocedeu 0,72%.

Fonte: Jornal O Popular


Tópicos:
visualizações