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Mercado: Ações da Petrobras caem mais de 6% e dólar vai a R$ 2,61

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09/12/2014 - 09:28

Papel da petrolífera foi destaque de baixa da Bovespa, que fechou em queda de 3,31%, no menor patamar desde 1º de abril. No ano, a baixa é de 2,29% e, em 12 meses, de 8,13%

São Paulo - Sinais de desaceleração da segunda maior economia do mundo derrubaram os preços das commodities ontem e afetaram as ações das produtoras globais de matérias-primas. No Brasil, o principal índice da Bolsa cedeu mais de 3%, puxado por ações de Petrobras, Vale e bancos.

O Ibovespa teve desvalorização de 3,31%, para 50.274 pontos. O volume financeiro foi de R$ 5,124 bilhões -bem abaixo da média diária de 2014, de R$ 7,215 bilhões, segundo dados da BM& FBovespa. Em dezembro, a média diária é de R$ 5,737 bilhões. Com este desempenho, o índice aprofundou a desvalorização acumulada em 2014 a 2,39%. No mês a queda chega a 8,13%.

Petróleo

“Além das outras commodities, o petróleo caiu muito (mais de 4%), adicionando mais um fator de preocupação para investidores de Petrobras, que já estão atentos aos escândalos de corrupção na companhia e ao balanço não auditado que está previsto para esta semana”, diz James Gulbrandsen, da gestora NCH Capital no Brasil.

O barril de petróleo negociado em Nova York (WTI) caiu para a casa dos US$ 63 ontem, enquanto o Brent, negociado em Londres, foi para a casa de US$ 66 por barril. “A Petrobras tem um custo de exploração de US$ 55 por barril. Quando o preço [DO PETRÓLEO]se aproxima disso, limita a margem de ganho da empresa”, acrescenta Gulbrandsen.

As ações preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras perderam 6,12% - maior tombo diário desde 29 de outubro, quando cedeu 6,72% - para R$ 11,51 cada uma. É o menor valor desde 28 de abril de 2005, quando os papéis valiam R$ 11,49. Já as ações ordinárias da petroleira, com direito a voto, tiveram perda de 6,11%, para R$ 10,75 cada uma -menor valor desde 3 de agosto de 2004, quando valiam R$ 10,66 cada uma (os valores históricos já estão ajustados pela capitalização feita pela empresa em 2010).

Os papéis preferenciais (sem direito a voto) da Vale tiveram desvalorização de 3,42%, para R$ 18,06 cada um. A China é o principal destino do minério de ferro produzido pela companhia brasileira. O setor siderúrgico também mostrou baixa: CSN caiu 5,24%, Gerdau recuou 4,39% e a ação preferencial da Usiminas cedeu 3,91%.

Dólar

Após uma sessão volátil, o dólar terminou em alta ontem acompanhando a tendência de valorização da moeda no exterior, após uma série de dados negativos na Ásia e na Europa, que prejudicam o apetite por risco.

Nem mesmo um leilão de linha realizado pelo Banco Central e o saldo positivo na balança comercial no começo de dezembro foram suficientes para deter o avanço da divisa norte-americana, que terminou no maior nível desde 15 de abril de 2005.

O dólar à vista no balcão terminou a sessão cotado a R$ 2,611 (maior cotação desde 15 de abril de 2005), uma alta de 0,58%. Ao longo do pregão, oscilou entre a mínima de R$ 2,5890 (-0,27%) e a máxima de R$ 2,6170 (+0,81%).

Empresa é processada nos Estados Unidos

Nova York e Rio - O escritório de advocacia dos Estados Unidos Wolf Popper entrou com uma ação coletiva em Nova York, em nome de investidores que compraram American Depositary Receipts (ADRs) da Petrobras, recibos que representam ações da empresa brasileira e são listados na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), entre maio de 2010 e novembro de 2014.

A ação alega que a Petrobras violou a legislação da Securities and Exchange Commission (SEC), reguladora do mercado de capitais dos EUA. A alegação é que a Petrobras forneceu “material falso e comunicados enganosos” e não revelou uma “cultura de corrupção” na empresa, que consiste em um “esquema interno multibilionário de corrupção e lavagem de dinheiro”.

Em nota, o escritório destaca que a Petrobras é acusada de superfaturar o valor de propriedades e equipamentos em seu balanço. Segundo o WolfPopper, a petroleira “inflou o valor dos contratos de construção da companhia”.[

Por conta de uma série de denúncias do esquema de corrupção e lavagem de dinheiro, os ADRs da Petrobras acumulam queda de 46% desde o dia 5 de setembro. Na documento, o escritório informa que já recuperou “bilhões” ao longo dos anos para investidores fraudados.

Denúncias de corrupção estão sendo investigadas pela SEC e pelo Departamento de Justiça desde que vieram à tona declarações do ex-diretor e delator da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, Paulo Roberto Costa, de que a cultura de superfaturamento ocorre há décadas na empresa. As duas instituições vão avaliar se a Petrobras fraudou a lei anticorrupção americana e, com isso, prejudicou os acionistas minoritários. Procurada, a estatal disse que ainda não foi intimada da ação judicial.

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Bradesco passa estatal em valor na Bolsa

São Paulo - No centro de denúncias de corrupção, a Petrobras teve seu valor de mercado superado pelo Bradesco ontem. O valor de mercado resulta da multiplicação do preço de cada ação pela quantidade de papéis da companhia na Bolsa.

Ontem, a Petrobras terminou o dia valendo R$ 144,2 bilhões, enquanto o Bradesco, R$ 147,5 bilhões, segundo dados da consultoria Economatica. Na última sexta-feira (5), o banco já havia alcançado a estatal: ambos encerraram os negócios valendo R$ 153,9 bilhões.

Depois de atingirem seu maior preço neste ano em 2 de setembro, em meio a uma disputa acirrada pela Presidência da República, as ações da Petrobras caíram cerca de 50% nos últimos três meses.

Ontem, as ações mais negociadas da empresa (preferenciais, sem direito a voto) fecharam em R$ 11,50. E as ordinárias (com direito a voto, que tem a União como principal detentora), em R$ 10,72.

Fonte: Jornal O Popular

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