BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que acredita que o crescimento deste ano será maior que os 2,3% de 2013 porque “as condições estão dadas”. “As condições para 2014 são melhores, especialmente economia internacional. A inflação também deve ser menor que 2014, com a política monetária e a fiscal”, afirmou durante coletiva para comentar o desempenho da economia no ano passado.
Segundo ele, a política fiscal empreendida pelo governo vai favorecer a confiança dos agentes econômicos, além de permitir controlar da inflação.
Mantega disse esperar que as turbulências cambiais verificadas em 2013 sejam “menores ou ao menos se estabilizem em 2014”. Com mais estabilidade cambial, pode haver mais investimentos e ingressos de capitais. “Os empresários brasileiros poderão tomar crédito lá fora.”
Um câmbio mais favorável conjugado a um cenário internacional melhor poderá ajudar especialmente a indústria a ter um crescimento maior em 2014 do que em 2013. Com a recuperação dos mercados, as exportações de manufaturados podem se recuperar.
A indústria, disse o ministro, cresceu abaixo do que o governo gostaria, apesar de todos os estímulos concedidos no ano passado.
Feliz com o resultado do PIB, o ministro afirmou ainda que “os analistas tenham muito trabalho esse fim de semana para rever suas projeções” de crescimento neste ano. Essas revisões “serão mais positivas do que aquelas que estavam ocorrendo”, disse. Mantega avaliou que o resultado do PIB "só vem a confirmar que nossa projeção para 2014 está adequada". O governo espera crescimento de 2,5% neste ano.
Investimentos
O ministro reiterou que os leilões e concessões nos próximos anos vão gerar R$ 80 bilhões de investimentos. Apenas o campo de Libra terá investimento de R$ 1,5 bilhão em 2014, cifra que deve crescer nos próximos anos. “Em infraestrutura, em seis meses, já teremos aportes em estradas que serão visíveis". Apesar da diminuição dos repasses ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já anunciada pelo governo, Mantega afirmou que o orçamento do banco de fomento permitirá a continuidade dos investimentos na economia.
Questionado sobre um possível aumento da gasolina, se limitou a dizer que não ter "nada para comentar de gasolina".
Fonte: Valor