Atual nota do Brasil é Baa2, com perspectiva negativa; o cenário que se desenha é de que o rebaixamento é quase inevitável, para Baa3; porém, a grande dúvida é se a perspectiva para a nota continuará negativa - algo que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tentará evitar a todo custo, usando como argumento para tanto o ajuste fiscal
O Ibovespa fechou em queda de 0,63%, a 52,902 pontos, nesta quarta-feira (15), com as ações sofrendo influência das incertezas no cenário macro. Parte da indefinição ficou por conta do ínicio da visita da Moody's às autoridades brasileiras iniciada ontem, que deve culminar no corte do rating soberano do Brasil. Além disso, ficou no radar a votação das medidas de austeridade no parlamento da Grécia, necessárias para a consolidação do acordo obtido pelo país no fim de semana. O volume negociado neste pregão foi de R$ 4,924 bilhões.
A Bolsa ainda sofreu com as declarações da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, trazendo a possibilidade de um aumento dos juros nos Estados Unidos antes do esperado. Yellen disse que a decisão de aumentar os juros pode vir em qualquer uma das próximas reuniões. Apesar disso, o dólar comercial fechou em leve queda de -0,08%, a R$ 3,134 na compra e a R$ 3,136 na venda.
Moody's no Brasil
Os técnicos da agência de classificação de risco Moody's desembarcam no Brasil para uma série de encontros sobre o quadro atual da economia brasileira e devem revisar o rating soberano nacional.
A atual nota do Brasil é Baa2, com perspectiva negativa. O cenário que se desenha é de que o rebaixamento da nota é quase inevitável, para Baa3. Porém, a grande dúvida é se a perspectiva para a nota continuará negativa - algo que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tentará evitar a todo custo que isso aconteça, usando como argumento para tanto o ajuste fiscal.
Contudo, segundo aponta a LCA Consultores, há chance dos dois cenários ruins se concretizarem: tanto um rebaixamento de rating para Baa3 quanto a perspectiva negativa, o que pode aumentar a tensão para uma nova redução de rating nos próximos meses. Caso isso ocorra, o Brasil cairá para o grau de risco especulativo, ou "junk".
Fonte: 247