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Juros e inflação em alta desafiam os investidores

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15/06/2015 - 09:45

Todo cuidado é pouco na hora de aplicar o patrimônio. Diversificação é essencial

 

A alta da inflação e o aumento dos juros estão desafiando os investidores, que precisam, mais do que nunca, estar atentos às boas oportunidades do mercado para aplicar as sobras de caixa. Não dá mais para deixar o patrimônio que, muitas vezes, garantirá a sobrevivência depois da aposentadoria, ficar parado na caderneta de poupança, como a maioria dos brasileiros insiste em fazer. Recorrer unicamente a esse tipo de investimento é perder dinheiro, na certa. No máximo, a caderneta deve abrigar os recursos de curto prazo, aqueles que, em algum momento, serão usados para complementar o orçamento doméstico. No mais, o momento é de rentabilizar ao máximo o suado dinheiro.

Existem várias opções tão seguras quanto a caderneta de poupança, que garantem a reposição da inflação e algum ganho real. A recente escalada da taxa básica da juros (Selic), com seis aumentos consecutivos, chegando a 13,75% ao ano, e a projeção de novas altas, criaram oportunidades de ganhos elevados para quem aplicar em renda fixa. Hoje, os títulos do Tesouro Nacional, as NTNs-B, com rendimento atrelado ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), por exemplo, estão se tornando a nova referência para os pequenos poupadores. No caso dos médios e grandes investidores, há muito mais alternativas no mercado. Mas é preciso pesquisar e ficar atento, pois há pequenos detalhes que podem reduzir os ganhos, como taxas de administração cobradas pelos bancos e a mordida do Leão.

Aqueles que têm até R$ 5 mil para investir, a caderneta de poupança era o melhor caminho, por ser isenta do Imposto de Renda (IR) e de fácil compreensão do grande público — além, é claro, de ter a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) em caso de quebra da instituição financeira. Contudo, agora, está dando prejuízo, já que os rendimentos, de 0,5% ao mês mais a variação da Taxa Referencial (TR), têm ficado abaixo da inflação. “Não se pode esquecer ainda que é preciso respeitar o prazo de aniversário da aplicação, porque, se retirar antes de fechar um mês, o investidor perde a remuneração, que já não está nada boa”, ensina o gerente de investimentos da Corretora Concórdia, Mauro Mattes.

Imposto
Por isso, ele sugere os títulos públicos federais comercializados pelo Tesouro Direto para quem tem pouco dinheiro e quer fugir das perdas da poupança. O investimento mínimo é de R$ 30. Títulos do Tesouro não têm a garantia do FGC, mas do próprio governo, o que minimiza os riscos. “São simples de operar e estão se tornando a nova poupança”, ressalta André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.

Os investidores podem escolher o título que quer comprar. As NTNs-B com vencimento em 2019, por exemplo, têm garantindo o IPCA mais 6,64% ao ano, ou seja, cobre a inflação e ainda dá um ganho real”, diz Mattes, da Concórdia. Caso retirem o dinheiro antes do prazo de vencimento, os aplicadores estão sujeitos às condições de mercado. E sempre há um desconto nos rendimentos.

Sendo assim, é importante saber o horizonte da aplicação, quando se precisará efetivamente do dinheiro investido. No vencimento certo, no entanto, o Tesouro Direto sempre garante lucro. E ficar atento às flutuações do mercado para vender os títulos na hora certa também pode resultar em ganhos significativos.

Denys Wiese, economista do site euqueroinvestir.com.br, que opera em parceria com a XP Investimentos, observa que outros títulos do Tesouro, que asseguram 100% da Selic, também são um bom negócio. “A rentabilidade é de 100% da taxa básica, hoje em 13,75%, mas o rendimento paga IR. E quanto menor o tempo da aplicação, maior é a alíquota. Por isso, se precisar vender os papéis antes do vencimento, o melhor é esperar pelo menos dois anos para pagar só 15% de IR”, assinala. Se o saque ocorrer antes de seis meses, a mordida do Leão é de 22,5% dos ganhos.

Negociação
Os médios investidores, com condições de aplicar até R$ 50 mil, têm opções de diversificar as aplicações. Além de deixar uma parte dos recursos aplicada em títulos do Tesouro Nacional, pode-se distribuir uma parcela por fundos de renda fixa e por Certificados de Depósito Bancário (CDBs). Miguel Oliveira, diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), explica que o CDB é um título de renda fixa emitido por bancos, nos quais o investidor “empresta” dinheiro para a instituição e recebe, em troca, o pagamento de juros.

 

Fonte: Correio Braziliense

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