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Juros bancários para pessoa física voltam a subir em março, diz BC

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30/04/2014 - 09:51

Taxa média subiu 0,2 ponto percentual no mês, para 41,6% ao ano.
É a maior desde fevereiro de 2012, quando ficou em 41,7% ao ano.

Do G1, em São Paulo

Os juros bancários médios dos empréstimos para pessoas físicas (recursos livres) avançaram 0,2 ponto percentual em março, para 41,6% ao ano, segundo informações divulgadas pelo Banco Central nesta terça-feira (29).

Com isso, a taxa é a maior desde fevereiro de 2012, quando ficou em 41,7% ao ano.

As operações com recursos livres são as que excluem habitação, BNDES e crédito rural.

O aumento dos juros bancários para pessoas físicas acontece após o próprio Banco Central ter iniciado, em abril do ano passado, um ciclo de alta dos juros básicos da economia, para tentar conter o crescimento da inflação. Desde então, os juros básicos passaram de 7,25% para 11% ao ano – uma elevação de 3,75 pontos percentuais.

Juros sobem mais do que Selic
Com o aumento dos juros básicos do país, também houve alta na taxa de captação das instituições financeiras, ou seja, quanto os bancos pagam pelos recursos.

Em abril do ano passado, antes do início da alta dos juros básicos fixados pelo BC, a taxa de captação, para operações com pessoas físicas, estava em 9% ao ano, passando para 12,5% ao ano em março. Um crescimento de 3,5 pontos percentuais.

No mesmo período, os juros bancários das instituições financeiras para pessoas físicas cresceram 7,2 pontos percentuais, visto que estavam em 34,4% ao ano em abril de 2013, ou seja, quase o dobro da taxa Selic.

Deste modo, os dados do BC mostram que as instituições financeiras não só estão repassando a alta do custo de captação que tiveram por conta da elevação dos juros básicos da economia, como também estão subindo os juros cobrados de seus clientes acima da alta da Selic - fixada pelo Banco Central.

Inadimplência
O Banco Central divulgou, ainda, que a inadimplência do sistema financeiro, que corresponde às operações em geral com atrasos superiores a 90 dias, manteve, no segmento de recursos livres, o nível de atrasos em 4,8%, mantendo a taxa de 6,5% para pessoas físicas.

O patamar do último mês segue no menor desde abril de 2011 (6,4%), ainda segundo números da autoridade monetária.

'Spread bancário'
O aumento dos juros bancários, com intensidade maior do que o a alta da taxa básica, definida pelo Banco Central, gerou aumento do chamado "spread bancário" (diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e o que cobram dos clientes), mesmo em um cenário de queda da inadimplência.

O spread é composto pelo lucro dos bancos, pela taxa de inadimplência, por custos administrativos, pelos depósitos compulsórios e pelos tributos cobrados pelo governo federal, entre outros.

Em abril do ano passado, antes do início do processo de alta dos juros básicos da economia por parte do Banco Central, o spread bancário, nas operações com pessoas físicas, estava em 25,4 pontos percentuais nas operações para pessoas físicas. Em fevereiro deste ano, já estava em 29,1 pontos percentuais.

O alto nível do "spread bancário" no Brasil já foi duramente criticado pela presidente da República, Dilma Rousseff, e por integrantes da equipe econômica, como o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Crédito
O BC informou ainda que o estoque total de crédito no Brasil subiu 1% em março ante fevereiro, chegando a R$ 2,760 trilhões, ou 55,9% do Produto Interno Bruto (PIB).

Fonte: G1



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