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Juro do cartão de crédito sobe em julho para quase 400% ao ano

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27/08/2015 - 09:35

Taxa do cheque especial somou 246,9% ao ano em julho, maior desde 95.
Juro do cartão de crédito é maior da série, que começa em março de 2011.

Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo, a modalidade mais cara do mercado, voltaram a subir em julho e atingiram a marca de 395,3% ao ano, informou o Banco Central nesta quarta-feira (26).

Com isso, se aproximaram da expressiva marca de 400% ao ano. Em junho, os juros desta modalidade de crédito estavam em 372,1% ao ano. O patamar de julho é o maior desde o início da série histórica, em março de 2011. O BC tem recomendado que os clientes bancários evitem essa linha de crédito.

Juntamente com o cheque especial, os juros do cartão de crédito rotativo são os mais caros do mercado. A recomendação de economistas é que os clientes bancários paguem toda a sua fatura do cartão no vencimento, não deixando saldo devedor.

Cheque especial
No caso do cheque especial, acrescentou a instituição, os juros cobrados em julho somaram 246,9% ao ano, o que representa aumento de 5,6 pontos percentuais em relação ao patamar do mês anterior, quando estavam em 241,3% ao ano.

É o maior patamar desde novembro de 1995, em quase 20 anos, quando estavam em 251,72% ao ano, ainda de acordo com dados do BC.

Os juros cobrados pelos bancos nesta linha de crédito tiveram forte aumento nos últimos meses. No fim de 2013, estavam em 148,1% ao ano. O crescimento, portanto, foi de 98,8 pontos percentuais nos últimos 19 meses.

Alta dos juros básicos da economia
O aumento dos juros bancários acompanha a alta da taxa básica da economia, fixada pelo Banco Central a cada 45 dias para tentar conter as pressões inflacionárias.

Desde outubro do ano passado, o BC vem subindo os juros ininterruptamente. Naquele momento, a taxa estava em 11% ao ano. No fim de maio, já havia avançado para 14,25% ao ano, um aumento de 3,25 pontos percentuais. Os números mostram que os bancos elevaram suas taxas de juros ao consumidor de maneira mais intensa.

Reportagem publicada recentemente pelo jornal norte-americano “The New York Times” diz que os juros praticados em algumas linhas de crédito no Brasil “fariam um agiota americano sentir vergonha”, citando os dos cartões de crédito.

Segundo um levantamento feito pela consultoria Economatica para a BBC Brasil, apesar da desaceleração econômica, a rentabilidade sobre patrimônio dos grandes bancos de capital aberto no Brasil foi de 18,23% em 2014 – mais do que o dobro da rentabilidade dos bancos americanos (7,68%).

Consignado, crédito pessoal e veículos
No caso das operações de crédito pessoal para pessoas físicas (sem contar o consignado), de acordo com o Banco Central, a taxa média cobrada pelos bancos somou 113,8% ao ano em julho, contra 112,7% ao ano em junho. Nesse caso, houve uma alta de 1,1 ponto percentual.

Ainda segundo o BC, a taxa média de juros cobrada pelas instituições financeiras nas operações do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) somou 27,8% ao ano em julho – o que representa alta de 0,5 ponto percentual em relação a junho (27,3% ao ano).

Segundo o BC, a taxa média de juros para aquisição de veículos por pessoas físicas, por sua vez, somou 24,5% ao ano em julho, contra 24,7% ao ano em junho deste ano.

Fonte: G1

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