Atenção! Você está utilizando um navegador muito antigo e muitos dos recursos deste site não irão funcionar corretamente.
Atualize para uma versão mais recente. Recomendamos o Google Chrome ou o Mozilla Firefox.

Notícias

Juro bancário de pessoa física sobe e bate novo recorde histórico em abril

Facebook
Twitter
Google+
LinkedIn
Pinterest
Enviar por E-mail Imprimir
28/05/2015 - 08:56

No mês passado, taxa cobrada pelos bancos somou 56,1% ao ano.
Inadimplência de pessoa física caiu registrou pequeno aumento em abril.

Os juros bancários cobrados pelos bancos nas operações com pessoas físicas, excluindo o crédito imobiliário e rural, subiram pelo quarto mês seguido em abril e atingiram 56,1% ao ano, segundo informações divulgadas pelo Banco Central nesta quarta-feira (27).

A taxa média de juros cobrada pelos bancos nestas operações, de acordo com o BC, registrou aumento de 1,7 ponto percentual no mês passado. Em março, os juros bancários estavam em 54,4% ao ano.

O patamar de abril, de acordo com a autoridade monetária, é o maior desde o início da série histórica, em março de 2011, ou seja, em puoco mais de quatro anos. Até então, a maior taxa de juros já registrada para pessoas físicas nas operações com recursos livres havia sido registrada março deste ano.

Juro bancário subiu mais que taxa básica
O aumento dos juros bancários acompanha a alta da taxa básica da economia, fixada pelo Banco Central a cada 45 dias para tentar conter as pressões inflacionárias. Desde outubro do ano passado o BC vem subindo os juros ininterruptamente. Naquele momento, a taxa estava em 11% ao ano. No fim de abril, já havia avançado para 13,25% ao ano, um aumento de 2,25 pontos percentuais.

Os números mostram que os bancos elevaram suas taxas de juros ao consumidor de maneira mais intensa. Em setembro do ano passado, antes do reinício do ciclo de elevação dos juros básicos pela autoridade monetária, os juros bancários para pessoas físicas estava em 49,2% ao ano, avançando para 56,1% ao ano em abril. Um aumento de 6,9 pontos percentuais, ou seja, mais do que três vezes a alta da taxa Selic.

Segundo um levantamento feito pela consultoria Economatica para a BBC Brasil, apesar da desaceleração econômica, a rentabilidade sobre patrimônio dos grandes bancos de capital aberto no Brasil foi de 18,23% em 2014 – mais que o dobro da rentabilidade dos bancos americanos (7,68%).

Taxa de todas operações e de empresas
Já a taxa de juros média de crédito de todas operações (pessoas físicas e empresas), ainda com recursos livres, ou seja, sem contar crédito habitacional, rural e do BNDES, subiu de 40,9% ao ano em março para 41,8% ao ano em abril deste ano – também o maior patamar da série histórica, que tem início em março de 2011.

A taxa das operações de pessoas jurídicas, com recursos livres, avançou 0,1 ponto percentual em abril, para 26,6% ao ano. Em fevereiro, estava em 26,1% ao ano. O nível de março é o mais alta desde julho de 2011, quando somou 27,6% ao ano.

Inadimplência
Segundo o Banco Central, a taxa de inadimplência das pessoas físicas, nos empréstimos bancários com recursos livres (sem contar crédito rural e habitacional), que mede atrasos nos pagamentos acima de 90 dias, subiu de 5,2% em março para 5,3% em abril. É o maior patamar desde novembro do ano passado (5,5%).

Já a taxa de inadimplência das operações dos bancos com as empresas, ainda no segmento com recursos livres, subiu de 3,6% em março para 3,9% em abril.

Considerando a taxa total de inadimplência, que engloba operações com as pessoas físicas e empresas, ainda nas operações com recursos livres, a taxa avançou de 4,4% em março para 4,6% em abril. Com isso, igualou patamar registrado entre julho e outubro do ano passado.

'Spread' bancário
Com o aumento das taxas de juros bancárias de pessoa física em março, houve alta do chamado "spread bancário" – que é a diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e quanto cobram de seus clientes - no mês passado.

Em março, "spread" nas operações com pessoas físicas somava 41,4 pontos percentuais, avançando para 43,3 pontos em abril, o maior patamar da série histórica do BC. Na parcial deste ano, houve um forte aumento de 6 pontos percentuais. Com isso, o o spread continua em níveis historicamente elevados.

O "spread" é composto pelo lucro dos bancos, pela taxa de inadimplência, por custos administrativos, pelos depósitos compulsórios (que são mantidos no Banco Central) e pelos tributos cobrados pelo governo federal, entre outros.

Mesmo em alta em abril, a inadimplência segue em padrões historicamente baixos, o que indica que, com o aumento do "spread", os bancos tendem a estar lucrando mais com as operações de crédito.

Fonte: G1

Tópicos:
visualizações