SÃO PAULO - Os juros futuros ignoraram o tombo do dólar e avançaram hoje na BM&F escorados nas preocupações crescentes com a inflação. Dados de atividade mais fortes que o previsto e o salto expressivo dos IGPs, promovidos pela disparada dos preços dos alimentos, sugerem que a inflação corrente ao consumidor vai acelerar daqui para frente, respingando, é claro, nas expectativas para o IPCA.
É consenso no mercado de que não há clima para que o BC interrompa o ciclo de aperto monetário deixando a Selic congelada em 10,75% no encontro do Copom no início de abril. Especula-se, agora, se haverá a necessidade de uma dose extra de juros em maio.
Com pouco mais de 100 mil contratos negociados (o dobro de ontem), o DI julho/2014 — que abrange as apostas para os dois próximos encontros do Copom — subiu de um degrau, de 10,81% para 10,82%. Já o contrato para janeiro de 2015 avançou um pouco mais, de 11,15% para 11,18%.
DI janeiro/2016 subiu de 12,08% para 12,16%; DI janeiro/2017 pulou de 12,57% para 12,67%.
(Antonio Perez | Valor)
Fonte: Valor