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Inflação: Custo de vida está pesando mais no bolso dos idosos

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15/01/2015 - 09:04

Inflação percebida pela população da terceira idade encerrou 2014 com aumento de 6,62%

A população com mais de 60 anos pagou 6,62% a mais por produtos e serviços consumidos no ano passado. A inflação percebida pelos idosos no País, segundo o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i) divulgado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou salto de 1,56 ponto porcentual só do terceiro para o quarto trimestre de 2014, de 0,46% para 2,02%.

A solução é pesquisar mais, aponta o aposentado Marcos Antônio Dias Ferreira, de 67 anos, sobre como driblar os preços altos. “O aumento no custo de vida é tido como natural, logo depois que há outros reajustes na economia, mas a gente sente muito e rápido.” Na conta em casa, alimentação, saúde e cuidados pessoais pesam cada vez mais para ele.

O impacto também é percebido no vestuário e em despesas diversas com produtos voltados para essa faixa de idade, que o aposentado diz não ter como deixar de comprar . Na tarde de ontem, ele e a esposa também constataram que a caminhada ficou maior no shopping. “É preciso aproveitar promoções, ir ao supermercado quase todos os dias e à feira.”

Pela necessidade de medicamentos de uso contínuo, o casal chega a pesquisar em até cinco farmácias. É também com remédios que o gestor público Erotides Borges, de 67 anos, percebeu a alta. Dez reais a mais em medicamento para diabetes já chama atenção. “Sou muito conectado e para ter internet e as facilidades da comunicação tenho de gastar mais a cada ano”, acrescenta ele, que também observa que o almoço ficou mais caro.

E foi do grupo alimentação que partiu a principal contribuição do aumento, saiu de queda de 0,62% no terceiro trimestre para alta de 2,92% no quarto trimestre, com destaque para hortaliças e legumes, que ficaram mais caros 21,36%. Os demais foram habitação (1,22% para 1,94%), transportes (0,51% para 1,96%), educação, leitura e recreação (0,07% para 2,94%), vestuário (-0,59% para 2,16%), comunicação (-1,08% para 0,85%), saúde e cuidados pessoais (1,07% para 1,47%) e despesas diversas (0,30% para 0,56%).

Aumentos relevantes

Dos produtos e serviços com aumentos mais relevantes para os idosos no quarto trimestre do ano passado, segundo a pesquisa da FGV, estão condomínio residencial (2,27%), tarifa de táxi (9,39%), passagem aérea (30,97%), roupas (2,28%), tarifa de telefone móvel (2,28%), medicamentos em geral (0,42%) e alimentos para animais domésticos (2,21%).

Apesar da alta do IPC-3i, o resultado ficou abaixo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação em todas as faixas etárias e fechou 2014 em 6,87%. Menor também do que a inflação acumulada de 8,42% registrada em Goiânia em 2014.

O IPC-3i representa o cenário de preços sentido por famílias com pelo menos 50% dos indivíduos com 60 anos ou mais e renda mensal entre um e 33 salários mínimos.

Fonte: Jornal O Popular

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