O Índice de Mercados Emergentes (EMI, na sigla em inglês), calculado pelo HSBC, avançou no último trimestre de 2012 para 52,9, comparado a 52,2 no terceiro trimestre do ano, de acordo com dados antecipados com exclusividade para o Valor pela instituição financeira. Resultados acima de 50 indicam expansão da atividade.
“O relatório do EMI para o final de 2012 indicou uma ligeira aceleração do crescimento econômico entre os mercados emergentes em todo o mundo. Mas o total da atividade cresceu por um ritmo que permaneceu mais fraco do que a média observada ao longo dos quatro anos desde a crise financeira de 2008”, observa Stephen King, economista-chefe do grupo, no relatório sobre o índice.
O desempenho do último trimestre do ano significou o primeiro aumento desde os três meses iniciais de 2012, “embora o ritmo de expansão ainda tenha sido, de um modo geral, mais fraco do que o registrado durante a primeira metade do ano, e o EMI tenha permanecido mais fraco do que sua média histórica de 54,4”. O EMI se baseia em 23 índices de gerentes de compras, compilados em 18 mercados emergentes.
De acordo com o relatório do HSBC, a modesta expansão da atividade industrial verificada no último trimestre de 2012 nos mercados emergentes refletiu, especialmente, ”um retorno ao crescimento na China e no Brasil, e expansões mais acentuadas na Índia, no México e na Turquia”. “Ao mesmo tempo, a atividade no setor de serviços dos mercados emergentes cresceu por uma taxa apenas marginalmente mais forte do que o recorde de baixa de quatro trimestres observado no terceiro período.”
O relatório do HSBC aponta também uma recuperação do crescimento econômico no Brasil, “após a estagnação observada no terceiro trimestre”.
“No quarto trimestre, os produtores de mercadorias da China registraram uma produção mais elevada pela primeira vez em um ano e meio, enquanto que no Brasil a produção do setor industrial aumentou pela primeira vez desde o primeiro período, expandindo-se pela taxa mais rápida desde o primeiro trimestre de 2011”, diz o relatório, acrescentando que “a produção do setor industrial se acelerou na Índia e ficou basicamente estável, num ritmo sólido, na Rússia.”
Fonte: Valor Econômico