Órgão planeja deflagrar 25 operações em 2013. Investigações estão em andamento
Brasília - A área de inteligência da Receita Federal (RF) pretende deflagrar este ano entre 20 e 25 operações de combate à fraude, contrabando, lavagem de dinheiro e descaminho. O coordenador-geral de Pesquisa e Investigação do órgão, Gerson D’Agord Schaan, disse que estas operações serão o resultado de investigações que estão em andamento.
Até o mês de abril, por exemplo, o Fisco pretende realizar quatro ou cinco operações contra fraudes no Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF). O objetivo é identificar os responsáveis pela cooptação dos contribuintes e por elaborar e transmitir informações falsas, com a intenção de diminuir o pagamento de tributos ou elevar os valores de restituição. Além de mostrar que a Receita está “atuando e atenta, inclusive na parte penal”, afirmou Schaan.
Segundo o coordenador-geral, “pacotes” de fraudes são vendidos aos contribuintes - que podem ou não saber da legalidade de sua declaração. Sabendo ou não da fraude, se identificados, os sonegadores serão punidos, garante Schaan. Mas o principal objetivo da Receita com esse tipo de operação é identificar a origem da fraude. “Eu preciso saber quem está vendendo aquela tecnologia, porque assim eu tiro aquele núcleo de circulação e diminuo aquela fraude”.
2012
A Receita Federal fez 20 operações de combate à fraude, ao contrabando, à lavagem de dinheiro e ao descaminho em 2012, segundo balanço apresentando ontem pela área de inteligência da Receita Federal. O número é menor do que no ano anterior, quando houve 30 operações. Schaan argumentou que a queda não é “necessariamente um dado negativo”.
Ele explicou que o tempo de investigação até a deflagração de uma operação pode levar até três anos. Como muitas investigações terminaram em 2011, o ano passado marcou o início de novas apurações. “Nós atingimos um bom número em 2012, superior a 2010 e 2009. 2011 foi um pouco atípico.”
O resultado das operações foi o lançamento de R$ 8,6 bilhões em créditos tributários, que devem ser recuperados pelo Fisco, e quase R$ 100 milhões em mercadorias apreendidas. O valor dos créditos correspondeu a cerca de 10% de tudo que foi lançado pela área de fiscalização no ano passado. As mercadorias apreendidas com base em informações da inteligência do órgão representaram 5% do total de carga presa pelos fiscais em 2012.
Fonte: Jornal O Popular